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Petrobras estimula alta do Ibovespa, mas Vale e China trazem cautela

Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 1,14%, aos 102.596,66 pontos

Petrobras estimula alta do Ibovespa, mas Vale e China trazem cautela
REUTERS/Amanda Perobelli

O apetite a risco nos mercados internacionais induz alta do Ibovespa, quem sabe levando o indicador a um terceiro pregão consecutivo de elevação, a uma segunda semana de ganhos e ainda voltando a fechar o mês com valorização. Porém, os ganhos por aqui são moderado. De um lado, as bolsas de Nova York e o balanço da Petrobras puxam o indicador da B3 para cima. De outro, o desempenho da Vale no segundo trimestre e incertezas com a China limitam os ganhos.

“Como subiu muito e hoje é o último dia da semana e do mês, dá uma segurada. No entanto, no geral, os resultados corporativos estão vindo bons”, avalia Flávio Aragão, sócio da 051 Capital.

Lá fora, o bom humor vem de balanços trimestrais nos Estados Unidos e na Europa de empresas como Apple, Amazon, Exxonmobil Procter & Gamble, Chevron, Renault, BNP Paribas e Air France, além do PIB europeu. O movimento acontece apesar da decepção com o PCE.

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O índice de preços de gastos com consumo, o PCE, indicador preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), ficou em 1% em junho ante maio. Já o indicador de sentimento do consumidor nos Estados Unidos elaborado pela Universidade de Michigan subiu de 50 em junho para 51,5 em junho. “Crescimento acima do esperado na zona do euro e bons resultados corporativos nos EUA impactam positivamente os preços dos ativos de risco. Segue a expectativa de que o Fed não precisará ser muito duro no aperto dos juros”, avalia em nota a MCM Consultores.

Na B3, o destaque são os papéis da Petrobras, que se soma ainda à elevação de quase 4% do petróleo no exterior hoje, estimulando também ganhos desta magnitude aos papéis da empresa. A estatal teve lucro de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre, 26,8% acima do mesmo período de 2021 e superior à expectativa do mercado. Além disso, anunciou o pagamento de dividendos recorde de R$ 87,8 bilhões aos seus acionistas. No entanto, alguns números decepcionantes no balanço da Vale, cujo lucro líquido caiu pela metade no segundo trimestre, e da Usiminas, além da queda do minério na China, ofuscam a alta do Ibovespa. Às 11h17, Vale ON cedia 3,56% e Usiminas PNA perdia 2,54%. O Ibovespa tinha elevação de 0,10% (102.703,45 pontos), após máxima diária aos 102.993,67 pontos (alta de 0,39%), ante abertura aos 102.596,66 pontos. Ontem, fechou com elevação de 1,14%, aos 102.596,66 pontos. Pode ainda pesar o fato de o indicador ter subido “muito” nos últimos dias.

Ainda ontem, autoridades chinesas reconheceram que a economia do país enfrenta dificuldades e que não serão capazes de cumprir a meta de crescimento de 5,5% estabelecida para 2022. Pequim reiterou também que manterá a política de tolerância zero contra a covid-19, apesar dos custos econômicos e sociais.

Ainda em relação à safra de balanços, a rede de shopping centers Multiplan, dona de 20 empreendimentos, obteve lucro líquido de R$ 172,551 milhões no segundo trimestre. O montante representa uma alta de 84,0% ante o mesmo período de 2021. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 287,585 milhões, crescimento de 61,3% na mesma base de comparação. As ações cediam 3,46%.

Nesta quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 1,14%, aos 102.596,66 pontos. Se der prosseguimento a este movimento, irá para o terceiro pregão seguido de ganhos e o segundo consecutivo semanal. Além disso, caminha para fechar julho com valorização, mas ainda sem zerar a queda de junho (-11,50%). Em igual mês de 2021, cedeu 3,94%.

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