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Petrobras tem dificuldade em explicar preços, diz Silva e Luna

Ele destacou ainda que as decisões na Petrobras não são monocráticas

O general da reserva Joaquim Silva e Luna. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em recado indireto ao presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou há pouco que, passados 25 anos da abertura do setor de petróleo e gás natural, a Petrobras ainda tem dificuldade de explicar para a sociedade que precisa operar como uma empresa privada, já que compete com outras petroleiras no mercado interno e internacional.

Dessa maneira, justificou Luna, a estatal não pode fazer política pública nem partidária, o que, segundo o general, “tem gente que não entende”. As declarações foram dadas em palestra na inauguração, em Brasília, da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União.

A falta de comunicação com a sociedade sobre o preço dos combustíveis teria sido um dos argumentos de Bolsonaro para a demissão do militar do cargo na noite de segunda-feira, 28. Luna assumiu a presidência em abril do ano passado, no lugar de Roberto Castello Branco, demitido pelo mesmo motivo. Para o lugar do militar foi indicado o economista Adriano Pires, também contrário à interferência do governo na estatal.

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Luna lembrou que, em 2018, a empresa recebeu R$ 6,8 bilhões do governo para segurar os preços do diesel e acabar com a greve dos caminhoneiros, que chegou a parar o País, dando a entender que, como segue os preços do mercado, uma redução deveria vir novamente do governo, e não da estatal.

Ele destacou ainda que as decisões na Petrobras não são monocráticas e que existem 21 órgãos de controle fiscalizando suas ações, sendo uma das empresas mais controladas do mundo, afirmou.

“Decisões tomadas são coletivas, não há lugar para aventureiros”, afirmou Luna, destacando que pelo desempenho dentro das regras do livre mercado a estatal recebeu no ano passado nove prêmios de conformidade e governança.