

O Goldman Sachs reiterou recomendação de outperform (equivalente a compra) para Petrobras (PETR3; PETR4) após ajustar suas estimativas para Petrobras após a companhia divulgar o Plano Estratégico 2025-2029, também levando em conta a depreciação do real ante o dólar e o cenário macroeconômico atualizado. O banco ressalta um rendimento de dividendos de 14% para 2025 e de 12% para os próximos três anos.
Para o Goldman, o novo plano da estatal implica valores superiores a pagamentos de arrendamento previamente orientados para o período em U$ 55-60 bilhões em comparação com os US$ 35-40 bilhões anteriores de 2024-28. “Como discutimos em nota, isso por sua vez poderia impor um limite no espaço para a distribuição potencial de dividendos extraordinários daqui para frente”, destacam os analistas Bruno Amorim, Guilherme Costa e Guilherme Bosso, em relatório.
“Nossas estimativas fluxo de caixa livre para 2025 permanecem essencialmente inalteradas em U$ 12,2 bilhões, o que leva a um fluxo de caixa anual de 14%, implicando o que consideramos razoáveis 5 pontos porcentuais”, afirmam os profissionais.
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Os profissionais calculam que, se a petroleira for comparada apenas com pares europeus, isso implicaria em um spread (sobretaxa) de apenas 2 pontos porcentuais ante a média da Shell, British Petroleum e TotalEnergies.
Neste cenário, o banco diz reconhecer que há um espaço limitado para uma reavaliação, especialmente no contexto de preocupações do mercado com um cenário de excesso de oferta de petróleo no próximo ano, o que poderia trazer efeitos negativos e riscos para os preços da commodity no médio prazo, a menos que o mercado comece a precificar a probabilidade de uma privatização devido às eleições presidenciais em 2026.
“Em suma, mantemos a nossa recomendação de compra com base num bom desempenho, com um rendimento de dividendos de 14% em 2025 (12% ordinário + 2% extraordinário) e 12% em média nos próximos três anos em nossas previsões”, concluem os analistas no documento.
O Goldman Sachs tem preço-alvo de R$ 49,70 (ON) e R$ 45,10 (PN) para os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4), o que representa um potencial de valorização de 18% e 15,6%, respectivamente.
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