O Plano Estratégico para 2025-2029 da Petrobras (PETR3; PETR4) foi visto como positivo pelo gestor de investimentos da Warren, Frederico Nobre. Segundo ele, a tese de Petrobras tem sido fortemente associada ao carrego e a maior previsibilidade de dividendos é bem vista pelo mercado, ainda mais considerando a diluição dos investimentos no curto prazo. “Isso ganha relevância em um contexto de incerteza política, com eleições em 2026”, disse.
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O novo plano estratégico da Petrobras apresentou mudanças relevantes, como investimentos projetados: o valor total subiu de US$ 102 bilhões para US$ 111 bilhões (+9%), com uma leve redução na participação de E&P (Exploração e Produção) de 71,6% para 69,4%. Nobre ressaltou o aumento de US$ 4 bilhões (+33%) na Carteira de Implantação de RTC (Refino, Transporte e Comercialização).
Além disso, a Petrobras optou por alongar a curva de dispêndio de capital, o que implicaria em menores desembolsos nos dois primeiros anos do plano (2025 e 2026), o que preservaria o caixa no curto prazo. O plano também revisou para cima a geração de caixa livre e a distribuição de dividendos, com um dividend yield (rendimento de dividendos) estimado em cerca de 12% no cenário base, o que, segundo Nobre, agradaria investidores, dado o histórico de foco no retorno via dividendos.
O gestor advertiu, contudo, que há pontos que merecem atenção, como o aumento dos investimentos em RTC (+17%), o que reforça iniciativas como ampliação de capacidade, BioRefino e Fertilizantes, que apresentam retorno mais baixo. E acrescentou que a execução continua sendo um desafio para a Petrobras (PETR3; PETR4), que historicamente tem enfrentado dificuldades em cumprir seus cronogramas. “Ainda assim, parece haver espaço para equilibrar esses avanços com a expansão do pré-sal e uma robusta remuneração aos acionistas”, ponderou.
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