O Santander (SANB11) vê o aumento potencial nos preços do diesel como positivo para a Petrobras (PETR4). Para os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, o aumento pode restaurar a lucratividade do segmento de refino, além de melhorar a confiança dos investidores na companhia e na percepção dos procedimentos de governança da empresa e suas estratégias comercial e política com relação à política de preços de combustível.
Eles argumentam que os preços do diesel podem aumentar em 4% a fim de que se recupere a diferença entre o preço do petróleo bruto e o preço dos produtos refinados (crack spread) para um nível mais próximo da média histórica, US$ 22/bbl (atualmente são US$ 18/bbl).
Assim, conforme indicam os analistas, isso reduziria o desconto atual para os preços de paridade de importação (PPI) no diesel, que atualmente está em 13%.
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Com relação à gasolina, o Santander projeta venda atual com desconto de 10% em relação ao PPI no mercado doméstico, com um crack spread positivo de US$ 5/bbl.
Com isso, a instituição reitera recomendação outperform (acima do mercado, equivalente à compra) para a Petrobras, além de classificar a companhia como top pick da América Latina. “Uma rodada de aumentos nos preços dos combustíveis atuará como um importante impulsionador positivo para as ações antes dos resultados do quarto trimestre de 2024”, afirmam em relatório.
O banco tem preço-alvo de R$ 51 para as ações ON, um potencial de 24,14% de valorização em comparação ao fechamento da última segunda-feira (27), de R$ 41,08.