Apesar das discussões em torno do uso das reservas de capital da Petrobras (PETR4) para pagamento de dividendos ordinários, o BTG Pactual (BPAC11) afirma ter saído da teleconferência com analistas realizada pela estatal na última sexta-feira (9), com uma maior confiança de que os dividendos extraordinários serão baseados na posição de caixa da empresa.
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Em relatório, os analistas Pedro Soares, Henrique Pérez e Thiago Duarte destacam que a falta de desembolsos significativos à frente (incluindo crescimento inorgânico) apoia pagamentos especiais antes do final do ano.
O BTG destaca como um dos pontos positivos as explicações sobre o uso da reserva de capital, apontando que a gestão explicou que recorreu às reservas de capital devido a uma diferença entre o resultado contábil, que mostrou prejuízo líquido no segundo trimestre, e a alta geração de caixa no mesmo período. Sem o uso das reservas e com a suspensão temporária dos dividendos ordinários, a percepção de risco poderia ter aumentado.
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O banco avalia que a eficácia do programa de recompra de ações, que foi recentemente concluído, ainda está sendo avaliada pela gestão, sem decisões sobre sua renovação. Por ora, espera-se que os retornos aos acionistas sejam realizados por meio de dividendos.
Outro ponto destacado pelo BTG foi o limite de dívida de US$ 65 bilhões, apontando que a política de dividendos permite pagamentos quando a dívida bruta está abaixo de US$ 65 bilhões. No entanto, o BTG destaca que as distribuições podem prosseguir se o Conselho de Administração entender que a superação desse limite é temporária.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para a ADR (American Depositary Receipts, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) de Petrobras, com preço-alvo de US$ 19, o que representa um potencial de valorização de 44% sobre o fechamento de sexta-feira.