

A decisão da Petrobras (PETR4) de reduzir o preço do diesel a partir desta sexta-feira (18), em R$ 0,12 o litro, para R$ 3,43, já era esperada pelo mercado e deve implicar em uma diminuição do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o lucro operacional, de cerca de US$ 850 milhões por ano, na avaliação do Citi.
Para os analistas Gabriel Barra, Pedro Gama e Andrés Cardona há espaço para novos cortes de preços, com uma janela de importação que pode permanecer aberta em alguns portos, como Santos, com uma oferta importada a R$ 3,31 o litro, sendo que os novos preços da Petrobras devem ficar em torno de R$ 3,35 o litro.
O banco tem visão pessimista sobre os preços do petróleo. “Vemos o Brent a US$ 60 o barril (ou menos) em nosso cenário base para os próximos 3 meses”, escrevem em relatório.
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Já no lado da distribuição de combustíveis, como Vibra (VBBR3), Ultrapar (UGPA3) e Raízen (RAIZ4), os analistas indicam que a medida é negativa a curto prazo e positiva para o médio prazo. “No lado negativo, a diminuição do preço implica um efeito de inventário negativo no Ebitda ajustado das empresas distribuidoras de combustíveis nos resultados do segundo trimestre de 2025”, afirmam. Eles acrescentam que a menor diferença entre os preços domésticos e o preço de paridade de importação (IPP) deve diminuir a competitividade do pequenos players, já que a redução do preço pode tornar a atividade de importação de diesel mais desafiadora e implicar em menores desembolsos relacionados ao capital de giro.
O Citi tem recomendação neutra para as ADRs (American Depositary Receipts, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da companhia, com preço-alvo em US$ 14, o que representa potencial valorização de 20,48% frente ao fechamento da última quarta-feira (16), de US$ 11,62.