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Petróleo despenca até 13% e WTI fica abaixo de US$ 70

O colapso se deu diante dos temores com a demanda, em meio às notícias sobre a nova variante do coronavírus

Petróleo despenca até 13% e WTI fica abaixo de US$ 70
Plataforma de Petróleo. Foto: Pixabay

Os contratos futuros do petróleo despencaram nesta sexta-feira (26), com recuo de até 13%. Tanto em Nova York, quanto em Londres os ativos tiveram o pior desempenho desde o início de setembro, com o WTI tendo perdido a marca dos US$ 70. O colapso se deu diante das preocupações sobre a demanda, em meio às notícias sobre a omicron, nova variante do coronavírus, identificada pela primeira vez na África do Sul.

O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 13,06% (US$ 10,24), a US$ 68,15 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro caiu 11,5% (US$ 9,33), a US$ 71,59 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o recuo foi de 10,25% e 9,25%, respectivamente.

O Goldman Sachs diz que o Brent registrou, em termos de variação, o maior declínio desde abril, quando os preços colapsaram. Além disso, a queda foi exacerbada pela baixa atividade na Black Friday – com níveis semelhantes a 2014, 2016 e 2018 – e a mudança nos seus principais pontos de apoio, afirma o banco.

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Com a nova variante do coronavírus, que registrou ampla mutação e pode ser mais transmissível, a maioria das commodities caíram, observa a Capital Economics. A consultoria avalia que ainda é cedo para compreender o que a nova cepa significa para a economia, mas aumenta a preocupação sobre a demanda do petróleo, especialmente se restrições de viagens forem impostas. EUA e Reino Unido, por exemplo, já determinaram limitações para viajantes de determinados países da África.

“Esses acontecimentos farão a reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) ainda mais intrigante na semana que vem”, diz a casa. Com as preocupações sobre a demanda e a recente liberação de estoques de petróleo por EUA e outros países, a Capital avalia que agora há um risco muito maior de que a Opep+ decida desacelerar ou interromper seu gradual aumento de oferta. Em relatório anterior, a casa já havia pontuado que a liberação de reservas pelos países de fora do grupo deve ocorrer em um momento que o mercado estará lidando com superávit de petróleo.