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Petróleo fecha em alta com apetite por risco no exterior

O foco agora se volta para a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)

Petróleo fecha em alta com apetite por risco no exterior
Desde a década de 1970, a Opep regulou o preço do petróleo no mundo por meio do controle da oferta da matéria-prima. (Fonte: Maxx Studio/Shutterstock)

O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira (1), primeiro pregão de outubro, em meio a um apetite por risco no exterior que se intensificou após uma farmacêutica americana anunciar resultados positivos de um medicamento testado contra a covid-19. Na próxima semana, o foco estará na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para novembro avançou 1,13% (+US$ 0,85), a US$ 75,88 o barril. O Brent para dezembro, por sua vez, subiu 1,24% (+US$ 0,97%), a US$ 79,28 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, os ganhos foram de 2,57% e 1,52%, respectivamente.

De acordo com a farmacêutica americana Merck, o molnupiravir, remédio que desenvolveu para o tratamento da covid-19, “reduziu significativamente” os riscos de hospitalização e morte pela doença. Depois da notícia, o “humor” dos mercados internacionais melhorou. A fraqueza do dólar ante pares também ajudou, além do comentário do secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, de que o mundo precisa ampliar investimentos em petróleo e gás.

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Analistas do Rabobank ressaltam que os preços do petróleo continuaram em escalada nesta semana devido a uma série de fatores. “Como muitos sabem, a inflação das commodities está disparando e pressionando grandes importadores, especialmente a China, e, ao mesmo tempo, a escassez de oferta está se tornando cada vez mais frequente em todo o mundo”, afirma o banco alemão.

O Rabobank destaca que o petróleo conseguiu subir mesmo em meio à valorização do dólar e uma certa aversão a risco durante alguns momentos da semana.

A Capital Economics, contudo, avalia que as restrições de oferta que têm gerado alta nos preços de commodities, principalmente no setor energético, serão temporárias.

“Já prevemos um grande aumento na produção de petróleo Opep+ no próximo ano, à medida que o grupo reduz seus cortes anteriores de produção, mas tem havido pedidos crescentes de uma redução ainda mais rápida, o que enfraqueceria os preços do petróleo”, dizem analistas da consultoria britânica.

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