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Petróleo fecha em alta, com sinais da Opep e da atividade na China

O embargo da União Europeia sobre boa parte do petróleo da Rússia seguiu em foco nesta quarta

Petróleo fecha em alta, com sinais da Opep e da atividade na China
Foto: Pixabay

Por Gabriel Bueno da Costa – Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta quarta-feira. Investidores monitoraram notícias sobre a atividade na China, importante consumidora do óleo. Além disso, havia expectativa por novidades da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, como a Rússia, que formam o grupo Opep+.

O petróleo WTI para julho fechou em alta de 0,51% (US$ 0,59), a US$ 115,26 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto avançou 0,60% (US$ 0,69), a US$ 116,29 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos já subiam no início do dia, recuperando-se de perdas da sessão anterior. O embargo da União Europeia sobre boa parte do petróleo da Rússia seguia em foco. Além disso, na agenda da Ásia o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China subiu a 48,1 em maio, mas ainda seguindo em território de contração, abaixo da marca de 50. Foi notado também por investidores o fato de que lockdowns eram relaxados no país, inclusive em Xangai, o que pode apoiar a demanda pela commodity.

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Ontem, foi noticiado que a Opep+ poderia excluir a Rússia do acordo para conter a produção. Hoje, porém, reunião técnica do grupo não discutiu a suspensão do país em guerra com a Ucrânia, segundo fontes citadas pela Reuters.

Para a Capital Economics, a demanda fraca atual da China não deve segurar os preços do petróleo. A consultoria avalia, em relatório a clientes, que a guerra na Ucrânia continua a ser o principal fator a influenciar os preços de energia.

O Julius Baer, por sua vez, diz que o humor no mercado de petróleo parece se tornar ainda mais com tendência de alta, com o embargo da Europa ao petróleo russo e a reabertura parcial da China. O banco acredita que pode haver ainda mais viés de ganhos para os contratos no curto prazo, caso esse quadro permaneça ou se houver algum choque imprevisto na oferta. Mais adiante neste ano ou em 2023, uma maior produção, por exemplo de xisto nos EUA, pode equilibrar mais o cenário, acredita o banco.