(Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (26), após três dias de ganhos. A baixa se dá em meio ao fortalecimento do dólar e maior cautela dos mercados diante de questões geopolíticas. Na visão de analistas, porém, a forte demanda pelo óleo deve fazer com que o preço se eleve em breve.
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O petróleo WTI para outubro fechou com baixa de 1,38% (US$ 0,94), a US$ 67,42 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o barril do Brent para novembro caiu 1,54% (US$ 1,10), a US$ 70,18, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os ativos da commodity começaram o dia em baixa, mas ganharam fôlego após um alerta de possível furacão no Golfo do México, região dominada por plataformas de grandes petroleiras, como a Chevron – o que poderia gerar problemas com a oferta do óleo.
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Ao longo da sessão, porém, os preços caíram novamente. O diretor da Mizuho nas Américas, Bob Yawger, observa que as duas explosões que aconteceram em Cabul, no Afeganistão, adicionaram “um certo grau de apreensão no sentimento do mercado”. O avanço do dólar ante moedas rivais nesta sessão também desestimula as compras de petróleo, uma vez que torna o óleo mais caros para detentores de outras moedas.
Em relação à diferença de cerca de US$ 3 entre WTI e Brent, o analista do Commerzbank, Carsten Fritsch, observa que as refinarias na Costa do Golfo dos EUA provavelmente processarão menos petróleo bruto no momento devido à redução nas entregas pelo México, o que significaria que o país precisaria de menos óleo dos EUA.
Para a economista da Capital Economics, Caroline Bain, o preço do petróleo deve subir novamente em breve. Os estoques do óleo nos Estados Unidos caíram, enquanto a demanda implícita por gasolina aumentou no mesmo período. “Por enquanto, os consumidores nos EUA parecem estar desconsiderando o avanço da variante delta do coronavírus”, afirma a analista. Para ela, a demanda pelo petróleo entre os consumidores americanos está próxima do pico, o que então funcionará como um “limite” nos preços do óleo.