Últimas notícias

Petróleo fecha em queda de mais de 5%, com cautela por ômicron

Além disso, o dólar se fortaleceu ante rivais, ainda que momentameamente, após falas do Fed

Petróleo fecha em queda de mais de 5%, com cautela por ômicron
Máquina realiza extração em poço de petróleo (Foto: Evanto Elements)

Os contratos do petróleo fecharam em queda no mercado futuro. O preço dos ativos foi pressionado pela renovada preocupação com a ômicron, nova variante do coronavírus. Além disso, o dólar se fortaleceu ante rivais, ainda que momentameamente, após falas do Federal Reserve (Fed), o que contribuiu para queda da commodity.

O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 5,39% (US$ 3,77), a US$ 66,18 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro caiu 5,45% (US$ 3,99), a US$ 69,23 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Durante a sessão, o WTI chegou a operar abaixo de US$ 65 por barril pela primeira vez desde agosto.

Hoje, o CEO da Moderna disse que a eficácia das atuais vacinas contra a covid-19 deve se mostrar reduzida frente a cepa ômicron. Com a nova variante tendo sido apontada como mais transmissível, ainda que proporcione uma doença menos severa, o TD Securities avalia que a reação do mercado não é exagerada. Isso porque a transmissibiliade está mais relacionada às restrições de mobilidade do que a gravidade da doença, diz o banco. “Ainda é preciso ver se mais lockdowns se espalharão pelo globo, mas a probabilidade desses eventos aumentou”, dizem analistas.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“Os preços do petróleo estão sofrendo sua maior perda mensal desde março de 2020, ou seja, quando a pandemia do coronavírus teve início”, diz Carsten Fritsch, analista do Commerzbank. Em novembro, o contrato mais líquido do WTI acumulou perda de 20,80%, enquanto do Brent diminuiu 17,30%.

Os ativos da commodity caíam ao longo de toda a sessão, mas acentuaram a queda pressionados pela alta momentânea do dólar ante rivais. O fortalecimento do dólar torna as commodities mais caras para detentores de outras moedas. A divisa americana subiu após os comentários hawkish do presidente do Fed, Jerome Powell.

Amanhã, deve ocorrer a reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep). Além da nova variante, há expectativa no mercado de que seja discutida uma resposta à liberação de estoques de petróleo por países de fora da cúpula. Com a liberação de cerca de 850 mil barris por dia (bpd) em janeiro pelos Estados Unidos, a Opep e aliados não terão outra opção além de adiar por dois meses seu aumento planejado para produção, diz o Commerzbank.