O petróleo fechou misto, com dólar forte no exterior e à medida que investidores digeriram dados dos Estados Unidos sobre estoques da commodity, mercado de trabalho e atividade econômica.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio caiu de 0,12% (US$ 0,10), a US$ 80,61 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve alta de 0,06% (US$ 0,05), a US$ 84,99 o barril.
Nesta sessão, ambos os contratos chegaram a operar em queda, acompanhando a piora no sentimento de risco em Wall Street após dados do ADP demonstrarem desaceleração no mercado de trabalho dos EUA e o índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) de serviços recuar em março, segundo cálculo da ISM. Além disso, os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram acima do esperado, assim como os de gasolina e os de destilados.
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No radar, também estiveram os PMIs dos EUA, da Europa e do Japão, calculados pela S&P Global e parceiros. As leituras apresentaram expansão da atividade no setor de serviços em março. Além disso, a Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou relatório prevendo que a expansão do comércio global irá desacelerar a 1,7% em 2023, apontando também riscos futuros como tensões geopolíticas e efeitos adversos não previstos do aperto monetário de bancos centrais.
A Capital Economics apontou que, no curto prazo o crescimento fraco das economias avançadas deve pesar sobre os preços do petróleo, embora o impacto dos cortes na produção da Opep+ possam apoiar os preços a longo prazo. Em relatório, a consultoria elevou sua previsão para o barril do Brent neste ano de US$ 85 para US$ 90. Já em 2024, a Capital ampliou sua projeção de US$ 75 para US$ 80.
Na visão da Oanda, o único ponto evidente neste momento é que a Opep+ não irá aceitar preços do Brent abaixo de US$ 80 o barril. “Isso pode tornar qualquer incursão futura abaixo deste nível desafiadora, já que o grupo mostrou que não apenas cortará a produção, mas o fará sem aviso prévio”, analisa.