O petróleo fechou em baixa de aproximadamente 2% nesta quinta-feira (5), estendendo fortes perdas de ontem em meio a preocupações que a escalada de juros global deteriore a demanda pelo óleo.
Leia também
O barril do petróleo WTI para novembro recuou 2,27% (US$ 1,91), a US$ 82,31 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para dezembro caiu 2,02% (US$ 1,74), a US$ 84,07 o barril, na Intercontinental Commodity Exchange (ICE).
O aperto macroeconômico global nas condições financeiras resultou em um tombo nos preços do petróleo, destaca o TD Securities, analisando que isto reflete um “ciclo vicioso” na atividade de vendas da commodity. Além disso, o banco de investimentos nota que a fraqueza nos dados sobre demanda de gasolina aumentam temores sobre destruição na demanda do óleo.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Analista da Oanda, Edward Moya avalia que a commodity pode continuar registrando perdas. “Quando os preços do petróleo tombam, é difícil dizer quando encontrarão suporte. O Brent pode ter algum apoio por volta do nível de US$ 83 o barril”, estima. Para ele, uma melhora nas perspectivas econômicas para China pode impulsionar os preços de volta ao nível de US$ 90 o barril.
Moya também alerta que a fraqueza nas cotações do óleo poderia incentivar maiores cortes na produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). ” A Opep+ trabalhou arduamente para que o petróleo voltasse a custar US$ 90 por barril e provavelmente continuará a fazer o que for preciso para garantir que os preços não voltem às mínimas do ano, que estão em torno do nível de US$ 70 o barril”.
No radar, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que o governo forneça recursos estatais para garantir que o aquecimento funcione durante o inverno rigoroso do país, sugerindo regulação de preços do petróleo e manutenção das restrições à exportações do óleo.