O petróleo fechou em baixa nesta quinta-feira (10), após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisar para cima sua projeção para oferta global. A desaceleração econômica da China também pressiona os preços, à medida que levanta preocupações sobre a demanda da maior consumidora de commodities do mundo, disseram analistas.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 1,87% (US$ 1,58), a US$82,82 o barril. O petróleo Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,31% (US$ 1,15), a US$ 86,40 o barril.
“Depois de alguns dias impressionantes de ganhos, os preços do petróleo estão diminuindo à medida que os traders de energia esperam para ver o que acontece com alguns dos riscos do lado da oferta”, escreveu o analista da Oanda Edward Moya.
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O mercado digeriu o relatório mensal da Opep, que indicou expectativa de aumento em 1,5 milhão de barris por dia (bpd) na oferta da commodity fora do cartel para 2023 – uma revisão de 100 mil para cima ante o documento do mês anterior. A instituição manteve sua projeção de alta na demanda global em 2023, em 2,4 milhões de bpd.
O vice-presidente da Rystard Energy, Henrik Fiskadal, comentou que a economia lenta da China está impactando os custos de materiais e equipamentos, reduzindo os preços de forma geral e aliviando as pressões inflacionárias.
O Citi alertou, em nota a clientes, que a demanda chinesa de energia pode estar perdendo força. O banco disse que os preços do petróleo poderão cair devido à uma potencial desaceleração nas importações chinesas da commodity.
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), por sua vez, disse que o desconto no petróleo russo poderá ser ampliado por uma possível elevação nos prêmios de seguro de navios que trafegam pelos portos da Rússia, após a Ucrânia alertar que os portos russos são zonas de risco de guerra.
“Pode-se pensar na declaração ucraniana como uma espécie de alternativa ao teto do G7, embora o quanto isso deprimirá as receitas do petróleo da Rússia dependerá da alta dos preços globais do petróleo em resposta à ameaça ucraniana”, diz o IIF.
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*Com informações da Dow Jones Newswires