Por André Marinho – Os contratos futuros de petróleo despencaram na sessão desta terça-feira, penalizados pelo crescente risco de que as principais economias do planeta entrem em recessão. A forte valorização do dólar no exterior impôs adicional pressão às cotações.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto fechou em queda de US$ 8,93, ou 8,23% , a US$ 99,50. Já o do Brent para o mês seguinte encerrou com perda de US$ 10,73, ou 9,45%, a US$ 102,77, na Intercontinental Exchange (ICE).
Em relatório sobre condições financeiras, o Banco da Inglaterra (BoE) avaliou que as perspectiva se “deterioraram materialmente” no mundo, após a guerra entre Rússia e Ucrânia alimentar pressões inflacionárias.
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Os indicadores econômicos ainda exibem sinais divergentes sobre o quadro geral, mas mesmo os positivos não convencem os agentes do mercado de que um horizonte difícil será evitado. Os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) compostos caíram em junho em Alemanha e zona do euro, mas subiram em China, Japão e Reino Unido. Já as encomendas à indústria dos EUA cresceram 1,6% entre abril e maio, ante previsão de alta de 0,6%.
Os dados derrubaram o euro às mínimas desde dezembro de 2002 ante o dólar e deram força particular à moeda americana. O fortalecimento da divisa dos Estados Unidos tende a pressionar commodities, ao torná-las mais caras, e dessa forma, menos atraente.
Diante disso, o Citi acredita que o Brent poderia cair a US$ 65 até o fim deste ano e a US$ 45 no final de 2023, caso uma recessão se materialize e prejudique a demanda. “Retrocedendo mais de 40 anos, sempre que ocorreu uma recessão, tanto o crescimento da demanda quanto os preços foram atingidos”, destaca.
As incertezas acabaram se sobrepondo aos riscos de oferta na sessão de hoje. A Equinor, da Noruega, fechou temporariamente três campos de petróleo e gás onde trabalhadores entraram em greve, em desdobramento que intensifica os problemas regionais de abastecimento.
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