O petróleo fechou am alta após sessão volátil nesta sexta-feira (29), marcada por ajustes de posição por operadores antes da reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O avanço de hoje, no entanto, não foi suficiente para evitar a primeira semana de baixas nos contratos em Nova York e Londres desde agosto passado.
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O barril do petróleo WTI com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,92% (+US$ 0,76) na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 83,57, enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 0,07% (-US$ 0,06) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 83,72. No acumulado semanal, houve quedas de 0,23% e 1,29% nos contratos, respectivamente.
A commodity energética oscilou entre perdas e ganhos durante toda a sessão, à medida que investidores se preparam para a reunião de cúpula da Opep+ na próxima quinta-feira. O Commerzbank julga como improvável uma mudança na oferta do cartel após o encontro, e os países produtores seguiram com o plano de acréscimo mensal de 400 mil barris por dia (bpd) ao suprimento global.
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Em relatório, o banco alemão destaca falas recentes de autoridades de Arábia Saudita e Argélia que indicam manutenção da política da Opep+, mantendo, também, o cenário de oferta global apertada. Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, o petróleo desfruta de um apoio massivo por conta deste cenário, o que não deve mudar a menos que “ações relevantes” sejam anunciadas na conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP26, que começa no próximo domingo (31).
Moya também destaca que a disparada recente nos preços da commodity refletiu nos lucros das petroleiras americanas ExxonMobil e Chevron, que “estão redirecionando os ganhos para dividendos e recompras, restringindo os investimentos em novos poços”.
Entre os impactos para as economias de países emergentes, a Capital Economics não vê o aumento nos preços como algo preocupante para a Índia, um dos maiores importadores globais do óleo. Isso porque a consultoria estima que o suprimento global se recuperará no ano que vem, pressionando os contratos para baixo. Este mesmo movimento, segundo a casa, colocará a posição externa de emergentes produtores, como o Brasil, em situação menos favorável.