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Petróleo recua mais de 3% em meio a sinais de declínio do conflito entre Rússia e Ucrânia

Petróleo recua mais de 3% em meio a sinais de declínio do conflito entre Rússia e Ucrânia
Máquina realiza extração em poço de petróleo (Foto: Evanto Elements)

O petróleo fechou em forte baixa nesta terça-feira, penalizado pela aparente desescalada das tensões geopolíticas pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, após os russos anunciaram a retirada de parte das tropas da fronteira do país báltico. Ainda houveram sinalizações de autoridades da Rússia pela continuidade das negociações com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e seus principais Estados-membros.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para março recuou 3,55% (US$ 3,39), a US$ 92,07, enquanto o do Brent para abril baixou 3,32% (US$ 3,20), a US$ 93,28, na London Metal Exchange (LME).

O petróleo passou a cair acentuadamente no mercado futuro após o Ministério de Defesa russo informar, na manhã de hoje, a retirada de cerca de 10 mil soldados, de uma força estimada em cerca de 130 mil que ocupa a fronteira do país com a Ucrânia.

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A percepção de que a possibilidade de uma invasão diminuiu foi reforçada por comentários do presidente Vladimir Putin, em coletiva de imprensa após reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Além de acenar pela continuidade de esforços diplomáticos, o mandatário disse que temer que as negociações estagnem. Apesar das sinalizações, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a aliança ainda não viu ações efetivas que correspondam aos acenos da Rússia.

Além do conflito geopolítico, investidores observaram Putin garantir o fornecimento de energia à Alemanha e demais países europeus.

Segundo o TD Securities, os preços do petróleo estão vulneráveis por conta da diminuição das tensões geopolíticas, além da melhora em problemas operacionais que afetam a produção de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). “Ao mesmo tempo, indicações de que um acordo sobre o pacto nuclear com o Irã pode estar próximo, e ganhos de produção resilientes de gás de xisto dos EUA representam riscos adicionais”, completa o banco, em relatório.

Mas apesar dos riscos, há ainda a perspectiva de que a demanda global por petróleo siga em crescimento, à medida que o mundo deixa para trás a pandemia de covid-19, e a oferta da Opep continue apertada, segundo o UBS. Por isso, o banco suíço recentemente aumentou a sua previsão para o preço do barril do Brent, a US$ 95 em julho e US$ 100 em dezembro de 2022.

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