O BTG Pactual avalia que o novo relatório de reservas da PetroReconcavo (RECV3) foi “importante para aliviar algumas das preocupações do mercado” relativas ao risco de aumento de investimentos nos próximos anos. Por outro lado, a vontade dos investidores de pagar antecipadamente pelas vantagens da empresa permanecerá limitada até que haja maior clareza sobre o ritmo de crescimento da produção e a sua alocação de capital, afirma o banco em relatório.
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A PetroReconcavo apresentou ontem (9) ao mercado mais detalhes sobre o seu relatório de reservas recentemente atualizado e o que esperar dos planos de curto e longo prazo da empresa. Segundo o BTG, na ocasião a empresa expressou insatisfação com a situação da empresa desempenho operacional recente, mas também destacou total compromisso e confiança no fornecimento de soluções que deverão em breve traduzir-se numa maior produção de petróleo e gás.
“A administração explicou que, embora parte do declínio de 29% na curva de investimentos 2P refletisse a melhoria da eficiência operacional nos últimos meses, também resultou da reclassificação dos projetos de maior risco incluídos na curva 2P anterior para a curva 3P”, destacam os analistas do BTG Pedro Soares, Thiago Duarte Brazil e Henrique Pérez, em relatório.
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Como resultado, na opinião do BTG, a PetroReconcavo terá um desenvolvimento mais gradual das suas reservas, mas também maior controle sobre custos e capex. “O foco do PetroReconcavo em projetos menos arriscados a curto prazo será bem-vindo”, acredita o BTG, ponderando, contudo, que a nova taxa de crescimento anual composta (CAGR) de produção de 11% nos próximos quatro anos, que está abaixo dos pares, pode comandar múltiplos mais baixos.
“A menos que o os retornos começam a aumentar mais rapidamente (ou seja, dividendos/recompras) ou inorgânicos adicionais movimentos são feitos”, destacam os analistas.
O BTG tem recomendação de compra para PetroReconcavo e preço-alvo de R$ 39,00 para ação, um potencial de valorização de 84% em relação ao fechamento de ontem. Neste momento, o papel é negociado a R$ 22,48.