- A partir de julho deste ano, a proporção de endividados deve encerrar 2023 em uma nova máxima histórica
- A CNC também informou que o endividamento dos consumidores aumentou do final de 2022 para janeiro e fevereiro deste ano, devido às despesas típicas do início do ano
- A entidade também informou que o quadro de inadimplência piorou entre as famílias de renda média em relação ao ano passado
O número de cidadãos endividados no Brasil deve encerrar 2023 em uma nova máxima histórica, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O montante permaneceu estável na passagem de março para abril, em 78,3%, mas acima de abril de 2022 (77,7%). A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (04).
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A CNC explicou que o endividamento dos consumidores aumentou do final de 2022 para janeiro e fevereiro de 2023 devido às despesas típicas do início do ano e se manteve estável em março e em abril.
No que diz respeito aos inadimplentes, o número ficou em 29,1% no mês, abaixo de março (29,4%), porém, acima de abril de 2022 (28,6%). A CNC também informou que o quadro de inadimplência piorou entre as famílias de renda média em relação ao ano passado. O número de inadimplentes que recebem entre três e cinco salários mínimos atingiu 27,3%, um aumento de 1 ponto porcentual (p.p) quando comparado ao mesmo período do ano passado.
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Entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos, o aumento foi de 2,1 p.p em relação à 2022, alcançando 22,6% em abril deste ano. “Quem tem dívidas atrasadas há mais tempo segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência em função dos juros elevados, que pioram as despesas financeiras”, disse a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa, em comunicado.