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Porto Asset vê fim do susto no mercado de crédito e mostra otimismo no setor

O gestor da empresa destaca, ainda, que a indústria de fundos de investimentos tem se recuperado

Porto Asset vê fim do susto no mercado de crédito e mostra otimismo no setor
(Foto: Envato Elements)

O fundo Porto Seguro FI Ref DI CP, da Porto Asset, acaba de completar 10 anos e, embora siga com o time original, o cenário macroeconômico e a indústria de investimentos estão bem diferentes. Em meio à maior possibilidade de diversificação e liquidez no mercado de crédito, a gestora também está otimista com o ambiente positivo e o fluxo esperado pela melhora da rentabilidade na indústria e após mudanças recentes.

“Tivemos um susto com os eventos de crédito no ano passado, mas 2024 já começou diferente, com um cenário macroeconômico positivo de inflação controlada, juros caindo e crescimento da economia do País. Ainda, há empresas acessando o mercado de capitais, então ‘a roda está girando’”, afirmou Ricardo Espíndola, gestor de crédito da Porto Asset, ao Broadcast Investimentos.

Ele também destaca que a indústria de fundos de investimentos tem se recuperado, apresentando uma rentabilidade positiva nos últimos meses, o que deve levar a um “efeito estatístico” no meio deste ano. “Conforme os meses vão passando, a janela de 12 meses de rentabilidade dos fundos tende a melhorar, pois vai tirar a volatilidade do ano passado com a crise de Americanas e Light. Isso vai atrair mais recursos”, avalia Espíndola.

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O gestor menciona ainda a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), anunciada no início de fevereiro, que “apertou um parafuso” e leva a uma oferta menor de títulos isentos. “Os investidores vão procurar outros produtos, e parte desses recursos que estavam em ativos isentos deve migrar para a indústria de fundos. Os candidatos naturais para receber esses recursos são os fundos de renda fixa, os de crédito”, diz Espíndola, acrescentando que a gestora já tem observado um pouco desse fluxo.

O fundo DI CP está disponível para o investidor geral (pessoas físicas e jurídicas e EFPC), tem aplicação inicial mínima de R$ 1 mil e prazo de resgate D+0. A taxa de administração é de 0,40% ao ano e não há taxa de performance.

Diversificação

“Hoje temos uma carteira mais diversificada que no passado. Ao longo dos anos fomos fazendo análises e o número de emissores que acompanhamos cresceu. E o mercado de capitais também cresceu, com mais empresas acessando o mercado e dando mais oportunidade de diversificação na classe high grade, de ativos de qualidade”, afirma Espíndola.

Assim, o fundo carro-chefe da casa compra títulos privados de baixo risco, com controle “rigoroso” de liquidez, segundo Espíndola. O posicionamento atual tem cerca de 63% do patrimônio líquido (PL) alocado em crédito, com 77 emissores. São 27% em debêntures – como Localiza (RENT3), TIM (TIMS3), CPFL (CPFE3), CCR (CCRO3), Copel (CPLE6) e Iguatemi (IGTI11) -, 34% em ativos financeiros – como Bradesco, BTG, Itaú, ABC, Porto, Nubank e Votorantim – e 2% em cotas sênior de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs). A outra fatia, de 37%, está em ativos de liquidez, seja em caixa ou títulos públicos.

O prazo médio dos títulos da carteira é de dois anos e cerca de 97% dos papéis tem rating AA para cima. Espíndola acrescenta que a gestora faz uma avaliação de crédito interna, com revisão pelo menos anual.

Acesso a diferentes bolsos

O gestor de crédito da Porto Asset diz que em 2014 o mercado de crédito ainda era muito concentrado, com poucos fundos disponíveis para o investidor de varejo. “Chegamos com a missão de democratizar esses investimentos”, afirma Espíndola. Uma das medidas foi oferecer um fundo com aplicação inicial mínima de R$ 20 mil, ao invés dos cerca de R$ 1 milhão comumente praticado pelo mercado naquela época. Atualmente o tíquete de entrada do fundo DI CP é de R$ 1 mil.

A gestora conseguiu chegar aos bolsos tanto de investidores pessoa física quanto institucionais, com tíquetes que variam de R$ 1 mil até R$ 100 milhões. Hoje o PL do fundo é de aproximadamente R$ 5,2 bilhões, com mais de 42,5 mil cotistas.

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Segundo Espíndola, “capacity para crescer” o fundo ainda tem, “até para dobrar de tamanho”, mas é preciso monitorar esse crescimento. “Se a oferta voltar a crescer e tivermos oportunidade para alocar a carteira, vamos manter o fundo aberto”, diz. O fundo já foi fechado para captação duas vezes, em vista de preços caros e riscos no cenário. “Estamos sempre avaliando.”