A data limite para garantir os juros sobre capital próprio (JCP) do Banco do Brasil (BBAS3) termina nesta semana. Os investidores têm até quarta-feira (11) para comprar ações da instituição com direito aos proventos, já que os papéis passarão a ser negociados ex-JCP (sem possibilidade de recebimento dos valores) a partir de quinta-feira (12).
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No total, o banco distribuirá R$ 1.065.116.250,00 a título de remuneração antecipada aos acionistas sob a forma de JCP, relativos ao terceiro trimestre de 2024. O valor equivale a R$ 0,18660197784 por ação e deve ser pago em 27 de setembro.
Vale lembrar que, diferentemente dos dividendos, os JCP sofrem desconto de uma alíquota de 15% do Imposto de Renda (IR), já retida diretamente na fonte.
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De acordo o Banco do Brasil, os acionistas da empresa receberão os rendimentos por meio da instituição custodiante em que detêm os ativos – ou seja, na corretora em que negociam as ações.
O crédito será por conta corrente, poupança-ouro ou por caixa. Os acionistas cujos cadastros estejam desatualizados terão suas remunerações retidas até a efetiva regularização de seus registros em uma das agências do Banco do Brasil. “A regularização cadastral poderá ser efetuada mediante a apresentação de documento de identidade, CPF e comprovante de residência, se pessoa física, ou estatuto/contrato social e prova de representação, se pessoa jurídica”, informa ainda a instituição em comunicado.
Quanto o Banco do Brasil (BBAS3) deve pagar em dividendos?
De acordo com um relatório da Ágora Investimentos, o banco deve pagar 8,9% do seu valor de mercado em dividendos aos acionistas. Os analistas da casa têm ainda recomendação neutra para o papel da instituição, com preço-alvo de R$ 32 para o fim de 2024.
A recomendação para BBAS3 leva em conta alguns pontos negativos que o banco apresentou em seu resultado do segundo trimestre de 2024, na visão da corretora. Fatores de preocupação são a queda da margem com clientes, a margem com o mercado e as tendências da qualidade dos ativos.
Os analistas da Ágora também comentam que o índice de inadimplência do Banco do Brasil se deteriorou pelo quarto trimestre consecutivo, com empréstimos corporativos e rurais piorando sequencialmente. “Em geral, apesar do forte resultado e do efeito de carrego positivo da ação devido a seu valuation (valor de mercado) e alto dividend yield (rendimento de dividendos), continuamos preocupados com os tópicos mencionados. Por isso, mantemos nossa recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil”, apontam.