Uma parcela de 47% dos gestores de fundos da América Latina acredita que o Ibovespa terminará o ano que vem acima dos 130 mil pontos, segundo a edição mais recente da LatAm Fund Manager Survey divulgada pelo Bank of America (BofA). No levantamento anterior, publicado em outubro, este porcentual era menor, de 33%.
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Na passagem de outubro para novembro, os gestores deixaram de esperar que o Ibovespa terminasse 2024 abaixo dos 110 mil pontos, e houve aumento das apostas em cenários mais positivos.
Na edição deste mês, pouco mais de 10% dos gestores consultados previram que o principal índice da B3 fechará o ano que vem entre 140 mil e 150 mil pontos. No mês passado, este porcentual não chegava a 5%. Os que projetaram Ibovespa entre 130 mil e 140 mil pontos foram pouco mais de 30%, ante aproximadamente 25% na edição passada.
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“Indivíduos migrando para ações podem ser um motor para este mercado em 2024 e isto deve acontecer quando a Selic estiver entre 9% e 10% ao ano”, disse o BofA num relatório com os resultados da pesquisa, que ouviu 32 administradores com cerca de US$ 79 bilhões sob gestão.
Dentre os entrevistados, 75% esperam que o Brasil cresça mais de 2% em 2023 – mais que os 62% da pesquisa anterior -, enquanto para 2024 a previsão majoritária é de expansão de 1% a 2%. “Nós esperamos crescimento de 3% em 2023 e de 2,2% em 2024”, disse o BofA.
Cerca de 40% dos entrevistados esperam que a taxa de câmbio termine o ano que vem entre R$ 4,81 e R$ 5,10 por dólar. Pouco mais de 20% dos gestores, porém, acham que a taxa pode chegar a R$ 5,40, enquanto um outro grupo, da mesma proporção, acha que ela pode recuar a R$ 4,50.
A pesquisa mostrou também que a proporção de dinheiro em caixa entre os gestores foi de 6,3% em novembro, menor que a observada em outubro (8%), mas acima da média histórica de 5,2%. Apesar deste sinal de cautela, a tomada de risco e os níveis de proteção estão próximos da média histórica, disse o BofA.
A estratégia baseada em ativos de alta qualidade segue sendo a preferida dos gestores, e que continuam preferindo ações dos setores de energia, prestação de serviços públicos e de instituições financeiras, e mantendo exposição abaixo da média em empresas do setor de consumo, tanto de bens discricionários quanto essenciais.
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