O site Promobit tem se destacado nas buscas de usuários na internet, com questionamentos relacionados à confiabilidade da plataforma, que oferece um espaço para usuários compartilharem promoções encontradas na internet, conforme explicamos nesta matéria.
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A página afirma contar com uma equipe de moderação responsável por avaliar as ofertas, a partir do histórico de preços, relevância dos produtos e recorrência, para desmascarar falsas promoções e garantir o menor preço. Vale destacar que o Promobit foi comprado pela Méliuz (CASH3), empresa amplamente conhecida pelo serviço de cashback em compras, em 2021.
No Reclame Aqui, o perfil da empresa aparece como “sem reputação definida” e “não verificado”. Isso significa que a companhia não possui o selo de confiança do site e não conta com dez reclamações avaliadas para ter a sua reputação calculada. Existem 58 queixas sobre o Promobit no site, sendo que as mais recentes dizem respeito a um suposto vazamento de dados e ao elevado envio de e-mails de spam por parte da empresa.
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Usuários relatam que, ao criarem uma conta no site para verificarem as promoções, perceberam posteriormente que seus dados pessoais haviam sido vazados. Outros dizem que recebem comunicação excessiva da marca e não conseguem realizar o descadastramento da plataforma.
Promobit diz que segue a LGPD
Ao E-Investidor, Daniela Fagundes, CEO do Promobit, enviou uma resposta explicando que, em dezembro de 2022, a plataforma identificou que alguns dados cadastrais de uma pequena parte de usuários e colaboradores foram expostos de maneira não autorizada a partir de um sistema legado (softwares antigos que continuam em uso dentro de uma organização) que não está mais ativo. “Todas as providências foram tomadas em tempo junto às autoridades competentes e passamos a adotar novas medidas de segurança para deixar os dados dos usuários ainda mais seguros. Desde então, não houve mais nenhum incidente desse tipo”, explicou a empresária.
Por se tratar de informações não sensíveis, como e-mails, Fagundes reforça que não existe nenhum risco de perda financeira direta, uma vez que os dados não dão acesso à conta dos usuários e não permitem a identificação pessoal associada ao e-mail.
Já em relação às dificuldades de descadastramento, a empresária reforça que, para solicitar a exclusão de dados pessoais, conforme Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o usuário deve acessar as configurações da conta, pelo seu perfil no site ou app do Promobit e solicitar que a conta seja desativada. “Sobre o número de e-mails enviados aos usuários que nos dão permissão, o volume tende a aumentar em épocas em que a comunidade posta mais ofertas – período da Black Friday, por exemplo –, uma vez que existe mais chance de encontrarmos promoções que se encaixam no perfil e interesse dos usuários”, afirmou.
Fagundes disse ainda que a companhia busca sempre se comunicar de maneira personalizada para otimizar o volume de mensagens enviadas e gerar valor para consumidores e parceiros. “Em seu perfil no site ou app do Promobit, os usuários podem gerenciar os gatilhos e tipo de comunicação que têm interesse em receber. Porém, caso queiram parar de receber e-mails, basta selecionar essa opção em qualquer e-mail enviado pelo Promobit. Em até uma hora, o contato é retirado da nossa base de envio”, explicou, reforçando que a plataforma não faz venda de base de dados para spam, seguindo o compromisso com seus usuários, além de obedecer à LGPD.
Como checar se um site é confiável?
Antes de se cadastrar em uma plataforma, o usuário deve prestar atenção em alguns detalhes para entender se ela é, de fato, segura. Existem ainda plataformas que auxiliam a checar a reputação de um site. O portal Consumidor.gov, por exemplo, é do próprio governo e oferece uma ferramenta que permite ao internauta pesquisar o histórico de uma empresa no mercado. A plataforma indica quantos problemas foram solucionados pelo fornecedor e dá uma nota ao atendimento prestado por ele. Sites como o Reclame Aqui também fornecem esse tipo de informação.
Vale também ficar atento ao visual do site. Imagens de baixa qualidade e erros gramaticais podem ser um indicativo de fraude. Ao olhar para a URL (endereço do site na internet), o consumidor deve verificar se há um símbolo de cadeado ao lado esquerdo. Antes do “www” também deve estar o protocolo “https”. Como explicamos nesta matéria, o “S” no final significa que existe uma criptografia no fluxo de informações transacionadas por meio de determinado site.
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Caso o consumidor realize compras na internet, mesmo em uma plataforma aparentemente confiável, é interessante tirar um print screen (captura de tela) comprovando que o pagamento foi realizado. Isso pode servir de garantia ao cliente caso ocorra algum problema.
Independentemente da escolha pelo meio de pagamento ser pelo boleto, Pix ou cartão, o usuário precisa confirmar os dados do destinatário e verificar se as informações de cobrança estão corretas. Outra dica importante é criar um cartão virtual para cada compra online. Assim, caso se trate de uma loja não segura, os dados do cartão não serão utilizados em outra transação.