Entrada de loja da Americanas (AMER3). Crédito: divulgação
Sem citar nominalmente a Americanas, o presidente do Itaú Unibanco (ITUB4), Milton Maluhy, disse que o banco vê o caso da companhia como isolado, e que até agora, após fazer uma “peneira” na carteira, não encontrou outro caso semelhante. Ele disse ainda que o caso se trata de “fraude“, o que não era esperado diante do perfil da companhia.
“A nossa visão é de que se trata de um caso isolado”, afirmou ele em coletiva de imprensa. “Do que apuramos, não encontramos outro caso semelhante. É um caso isolado, uma fraude. Temos que acompanhar os desdobramentos.”
Ainda de acordo com ele, o banco não restringiu a concessão de crédito a outras companhias em função deste evento. Ele afirmou que diante da materialidade do caso e das incertezas a ele relacionadas, o banco achou prudente rebaixar a nota de crédito para o nível “H”, que indica perda total do crédito. “Qualquer recuperação ao longo do tempo terá impacto positivo no balanço.”
Maluhy destacou que o caso foi surpreendente. “Estamos falando de uma companhia aberta, com balanço auditado, controladores relevantes. Fraude não era algo esperado”, disse ele. O executivo pontuou ainda que o risco sacado, operação que está no centro do rombo contábil que levou a Americanas à recuperação judicial, é um produto comum no Brasil e no mundo. “Olhando as empresas que fazem o risco sacado, não vemos uma fragilidade”, comentou.