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Safra inicia recomendações para Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11); veja detalhes

Safra vê demanda de celulose sólida, especialmente em produtos tissue

Safra inicia recomendações para Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11); veja detalhes
Banco Safra. Foto: Alex Silva/Estadão

O banco Safra iniciou a cobertura do setor de papel e celulose com recomendação neutra para as ações da Suzano (SUZB3) e preço-alvo de R$ 71, o que representa um potencial de valorização de 13,5% sobre o fechamento do papel no pregão de segunda-feira (8).

Para Klabin (KLBN11), a recomendação do banco é underperform (equivalente a venda), com preço-alvo de R$ 25,00, um potencial de 0,20% de alta em relação ao último fechamento do papel.

Em relatório, os analistas Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner as ações das duas empresas devem seguir a tendência de preços da celulose de fibra curta (BHKP) nos próximos meses, que acreditam devem atingir um pico de US$ 710 por tonelada em abril e um mínimo de US$ 570/t em outubro.

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O time avalia que no médio e longo prazo os preços devem ser ancorados pelo custos, que calculam, atingiu US$ 550/t no fim de 2023.

Ao mesmo tempo, não acreditam que a oferta adicional em 2024 pode reduzir o preço de equilíbrio por muito tempo, uma vez que o crescimento da demanda por celulose e a falta de novos projetos pode contrabalancear este efeito.

Apesar da dificuldade em enxergar um ‘positive case’ de commodities olhando o lado da demanda, o Safra acredita que os fundamentos da procura por celulose permanecem intactos, especialmente para produtos tissue, que representam 45% do mercado end use para celulose.

Isso deve ajudar a ancorar os preços também, afirma o banco.

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Outro ponto é o crescimento limitado de oferta. Com exceção do projeto Cerrado, os analistas não enxergam projetos relevantes de celulose sendo desenvolvidos, então consideram um incremento marginal de demanda sendo superior ao aumento marginal de oferta, no período de 2025 a 2028.

Com o início de um projeto após aprovação, levando ao redor de 30 meses, time vê espaço limitado para aumentos inesperados pelo menos até 2027.

Os analistas destacam ainda que os preços das ações da Suzano e Klabin aumentaram 69% e 46%, respectivamente, desde abril de 2023, em linha com o aumento dos preços global de papel e celulose.

“Dito isso, o EV/Ebitda de 5,6 vezes previsto para 2025 da Suzano ainda está com um desconto de cerca de 15% em relação à média dos últimos cinco anos de 6,6 vezes, enquanto a Klabin, com 7,3 vezes, é negociada com um desconto de apenas 5% em relação a média de cinco anos de 7,7 vezes”, afirmam.

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