A Allos (ALOS3), grupo de shoppings resultante da fusão entre Aliansce Sonae e BrMalls, teve lucro líquido de R$ 84,987 milhões no primeiro trimestre de 2024. O montante ficou bem abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2023, quando totalizou R$ 2,958 bilhões. No entanto, a comparação neste caso foi distorcida porque, naquele período, a companhia apurou um ganho contábil bilionário (sem efeito no caixa) decorrente da fusão.
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O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 447,251 milhões, crescimento de 6,7% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda cresceu 0,2 ponto porcentual, para 72,6%. O lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa (FFO) chegou a R$ 289,683 milhões, avanço de 36,5%, enquanto a margem FFO teve um aumento de 10,4 pontos porcentuais, para 47%.
A melhora nos indicadores de lucro são resultado do crescimento das receitas da Allos, decorrentes de avanços na sua operação nos shoppings, além de redução nas despesas com juros de dívidas.
A receita líquida totalizou R$ 616,395 milhões, alta de 6,5%. Mídia foi destaque com crescimento de 49,0%, segundo a Allos. A receita com locação de espaços nos shoppings cresceu 3%, para R$ 468,257 milhões, devido a uma melhora no mix de lojistas e ao crescimento das vendas. A receita de estacionamentos aumentou 14,7%, para R$ 112,513 milhões, com mais fluxo e reajuste de tarifas.
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As despesas com vendas, gerais e administrativas subiram 6%, para R$ 109,6 milhões. A Allos também reportou R$ 57,1 milhões na linha de “outras despesas”, influenciada por um conjunto de fatores, como o plano de alinhamento e retenção de longo prazo; constituição de provisão para contingências; e efeito não caixa do impairment (ajuste no valor contábil de um ativo que passou por depreciação) reconhecido na venda do Top Shopping.
Outro ponto que ajudou bastante no aumento do lucro no trimestre foi o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras). Esta linha gerou uma despesa de R$ 109,226 milhões, que foi 25,2% menor na comparação anual, devido ao menor peso do CDI.
A Allos fechou o trimestre com dívida líquida de R$ 3,526 bilhões, e uma alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) de 1,8 vezes.