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Sinistros deterioram resultado da SulAmérica no 3º trimestre

A companhia teve lucro das operações continuadas de 280,3 milhões de reais, queda de 2% contra um ano antes

Sinistros deterioram resultado da SulAmérica no 3º trimestre
Foto: Sul América

O forte crescimento das despesas com pagamento de indenizações a segurados comprometeu a qualidade dos resultados da SulAmérica no terceiro trimestre, piora compensada em parte pelo efeito de créditos fiscais e de resultado financeiro.

A companhia que mescla operações de seguro de vida, fundos de previdência complementar e de recursos de terceiros, anunciou nesta quarta-feira que teve lucro das operações continuadas de 280,3 milhões de reais, queda de 2% contra um ano antes.

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 170 milhões de reais para a SulAmérica no terceiro trimestre, segundo dados da Refinitiv.

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Por um lado, as receitas com seguros cresceram 5,3% ano a ano, para 4,99 bilhões de reais, com destaque para os ramos de seguros de vida e de acidentes pessoais.

Porém, o chamado índice de sinistralidade, que mede quanto da receita é gasta com pagamento de indenizações, deu um salto de 9,4 pontos percentuais, para 84,6%. Em vida e acidentes pessoais, esse índice disparou de 72% para 102%.

A SulAmérica atribuiu essa piora principalmente aos efeitos da pandemia da Covid-19, inclusive com a cobertura de óbitos ligados à doença, mas citou que esses indicadores tendem a voltar a níveis históricos nos próximos trimestres, à medida que a situação se normaliza.

A SulAmérica ainda teve queda de 28,4% nas receitas com produtos de previdência e de 18% nas obtidas com gestão de ativos, num período de forte volatilidade no mercado financeiro, com queda principalmente em fundos com ativos de renda variável.

A última linha do resultado só não foi mais fraca porque a empresa fez no trimestre o reconhecimento de créditos fiscais de 234,8 milhões de reais. Além disso, teve um salto de 513% na receita com sua carteira de ativos próprios, a 110 milhões de reais, refletindo o efeito da escalada da Selic nos últimos meses.

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