A agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevou nesta quinta-feira (2) a nota de crédito do Nubank para “BB” na escala global e “brAAA” na escala nacional. Esse é o segundo upgrade dado à fintech pela S&P em menos de um ano, já que em junho de 2023 a casa já havia elevado a nota local de “brAA” para “brAA+”, com perspectiva estável.
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Entre os fatores citados para a melhoria da classificação, em relatório da agência, está o fato de que o Nubank manteve um forte crescimento de crédito, com evolução dos resultados e uma melhor posição competitiva na indústria bancária do Brasil. “A posição de mercado do Nubank não é apenas mais forte do que a de outras instituições financeiras digitais não bancárias (NBFIs) brasileiras, mas agora é mais comparável aos maiores bancos domésticos da indústria”, afirma o comunicado.
A S&P também enfatiza o crescimento da carteira do Nubank e a fidelidade do cliente da fintech, além da eficiência crescente e as margens financeiras melhores como fatores que fortalecem o posicionamento da marca no mercado. A carteira de crédito, que consiste em 80% em cartões de crédito e 20% em empréstimos pessoais, cresceu 49% anualmente (base neutra em relação às taxas de câmbio) em dezembro de 2023. Isso se deve em parte ao aumento da base de clientes ativos, que chegou a 78 milhões ao final do último ano.
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Em seu relatório, a agência ressaltou ainda que o Nubank vem reportando resultados mais fortes a cada trimestre. Em dezembro de 2023, a instituição apresentou US$ 1,2 bilhão de lucro anual ajustado, significativamente maior do que os resultados ajustados de US$ 204 milhões de 2022. “Acreditamos que o Nubank continuará a registrar resultados acima da média nos próximos anos”, enfatiza a S&P.
Ao estabelecer uma perspectiva estável em relação à nota da fintech, a agência indica que não espera mudanças na qualidade de crédito da empresa nos próximos 12 meses. Também destaca que o banco deve continuar melhorando seu desempenho financeiro durante 2024 e 2025 por meio de sua base de clientes fiéis e da gradual diversificação das fontes de receita. Além disso, a S&P considera que o Nubank deve permanecer como uma líder digital NBFI no Brasil sem comprometer a qualidade de seus ativos e métricas de capital.
Decisão da Moody’s
Após elevar de “estável” para “positiva” a perspectiva para a nota de crédito do Brasil, citando expectativas favoráveis para o crescimento do País, a agência de classificação de risco Moody’s reafirmou todas as notas e avaliações atribuídas a 20 instituições financeiras brasileiras.
A avaliação da agência é de que os bancos, em particular, apresentam uma forte ligação com o crédito soberano e por isso são afetados diretamente por sua qualidade, o que, de um modo mais geral, tende a estar associada a tendências macroeconômicas e dos mercados financeiros.