A S&P Global Ratings avalia que as gestoras de ativos problemáticos (aqueles que possuem um alto risco de inadimplência, ou seja, quando existe uma chance significativa de que os pagamentos associados a esses ativos não sejam realizados conforme combinado) da China enfrentam a possibilidade de terem de realizar reduções adicionais no valor contábil de seus ativos associados às grandes exposições que possuem no setor imobiliário do país, o que pode afetar ainda mais o capital dessas companhias. Mas as implicações desses ajustes contábeis para os ratings de crédito dessas gestoras dependerão, sobretudo, do suporte do governo chinês, que deve continuar elevado, segundo relatório da agência de análise de crédito com data de 2 de fevereiro.
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A S&P Global diz que as quatro maiores gestoras de ativos problemáticos na China – Cinda Asset Management, Orient Asset Management, Citic Financial Asset Management e Great Wall Asset Management – receberam a recomendação para fortalecerem seus suportes para setores problemáticos em um momento de corrosão de suas bases de capital. Esses grupos estão ainda tentando limpar os ativos acumulados durante os anos em que estiveram em franca expansão. Em conjunto, essas empresas e a Galaxy Asset Management respondem por cerca de 80% dos créditos não performados – passivos resultantes de créditos inadimplentes – que foram transferidos pelos bancos comerciais em 2022.
Mas essas companhias devem continuar recebendo financiamentos e liquidez, se necessário, para cumprir com as exigências de fortalecimento de capital. Essa expectativa reflete a visão de que essas gestoras são peças importantes para a resolução dos riscos do sistema financeiro chinês, segundo a S&P.
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As gestoras de ativos problemáticos têm sofrido reduções no valor contábil de seus ativos em razão do legado das exposições ao setor imobiliário. “A despeito das significativas provisões realizadas nos últimos anos, as baixas contábeis vão continuar até que o setor imobiliário da China se recupere”, diz a S&P Global.