Para a Moody’s, a autorização do Banco Central para que a Stone (STOC31) atue como empresa financeira deve ajudar a reter clientes e a abrir novas vias de captação. Nesse sentido, a companhia estará melhor capacitada para concorrer com outros players que são propriedade de bancos, avalia a agência.
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“A nova licença permitirá que a Stone feche a lacuna do pacote de produtos com seus principais concorrentes, que são de propriedade de bancos, como a Cielo (CIEL3), controlada pelo Banco do Brasil (BBAS3), ou possuem licenças bancárias, como o PagSeguro Brasil”, escrevem os analistas Daniel Girola, Guy Bernardet e Ceres Lisboa em relatório.
Na última semana, o Banco Central autorizou a constituição de uma financeira pela Stone com capital social de R$ 40 milhões. Até então, a empresa possuía autorização para operar como instituição de pagamento e como sociedade de crédito direto, modelos que têm limitações do ponto de vista de captação de recursos. Já as financeiras podem emitir títulos como letras de câmbio e recibos de depósitos bancários (RDBs).
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Essas entidades podem ainda conceder empréstimos e financiamentos para aquisição de bens, serviços e capital de giro, conforme reportou o Broadcast. Diante da autorização, a Moody’s cita que a administração da companhia prevê que a carteira de crédito de capital de giro atingirá R$ 5.5 bilhões até 2027, de R$ 113 milhões em setembro de 2023.
“A nova licença abre caminho para uma estrutura de captação mais diversificada, o que permitirá que a Stone aproveite uma fonte de captação nova e mais granular que será particularmente importante para apoiar sua estratégia de crédito crescente”, avalia a agência, que observa ainda que direcionar uma alternativa de investimento remunerado a suas ofertas de serviços incentivará a fidelidade do cliente, algo “fundamental no cenário de pagamentos altamente competitivo das adquirentes”.
A Moody’s classifica a Stone com rating corporativo de longo prazo Ba2, com perspectiva estável.