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Taesa (TAEE11): Cemig (CMIG4) vai vender participação na companhia?

Veja o que fazer com as ações em meio as expectativas de venda dos ativos por parte da estatal mineira

Taesa (TAEE11): Cemig (CMIG4) vai vender participação na companhia?
Analistas veem dividendos menores para a TAEE11 no curto prazo. (Foto Marcelo Min/Estadão)

A venda da participação da Cemig (CMIG4) na Taesa (TAEE11) segue no plano estratégico da companhia mineira deste ano, disse nesta terça-feira (20) o executivo da estatal mineira Marco Soligo, que está acumulando as vice-presidências de Participações e Geração e Transmissão.

Segundo o Broadcast, a fala foi dita durante o Cemig Day, que está sendo realizado em São Paulo. O executivo comentou que este planejamento é revisto anualmente, mas dado que a iniciativa está prevista no plano vigente, a empresa segue trabalhando para cumprir o que está nele está determinado.

De acordo com informações no site de Cemig, a elétrica mineira é acionista com 21,68% de participação na Taesa , que é um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil em termos de Receita Anual Permitida (RAP).

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A Cemig comprou a elétrica do setor de distribuição em 4 de novembro de 2009, quando a Terna vendeu sua participação na companhia para a estatal mineira e o Fundo de Investimento Coliseu.

O que fazer com as ações da Taesa?

Se a Cemig quer vender as ações da Taesa, o investidor pessoa física deve seguir o mesmo caminho. Pelo menos é o que os analistas do BTG Pactual pensam sobre a companhia. Os especialistas lembram que o temido momento em relação aos dividendos da companhia chegou.

A empresa revelou que pagará seus dividendos com base no lucro líquido regulatório e não o lucro líquido da norma padrão internacional, que tende a ser maior que o regulatório. Além disso, a empresa estimou o payout (proporção do lucro a ser paga em proventos) será de 75% do lucro líquido regulatório em 2024 e planeja distribuir de 90% a 100% nos próximos anos.

“Considerando o pagamento mínimo de 75% mencionado, o rendimento do dividendo em relação ao valor da ação para 2024 seria de 6,5%. Portanto, mantemos nossa classificação de venda, pois vemos o nome negociado a uma Taxa Interna de Retorno (TIR) pouco atraente de 6,7%”, dizem João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende.

Por isso, o BTG tem recomendação de venda para Taesa com preço-alvo de R$ 35 para os próximos 12 meses, uma queda de 1,10% na comparação com o fechamento de segunda-feira (19), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,39. A Ágora Investimentos também tem recomendação de venda para as ações da Taesa, a corretora diz que a companhia está muito alavancada e os dividendos não devem ser atrativos.

Já a Genial é menos dura em sua colocação. A corretora diz para o investidor, que já tem o papel, continuar com o ativo sua carteira. No entanto, os analistas não recomendam compra para a ação.

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Um dos motivos para essa recomendação é pelo fato de a empresa se encontrar precificada e sem justificativas para negociar acima de seu valor justo. Essa estimativa é feita com base na alavancagem da elétrica, que se encontra relativamente alta. Entretanto, os especialistas comentam que acreditam na expertise da Taesa para navegar por esse cenário desafiador, se desalavancar ao mesmo tempo, em que continua a recompor sua receita, sem afetar muito o pagamento de dividendos.

“Os dividendos devem continuar, eles são um dos principais atrativos para os investidores da empresa. Apesar disso, com a empresa negociando com uma Taxa Interna de Retorno de 8,3% em termos reais, contra 5,96% dos títulos do Tesouro com vencimento para 2045. Por isso, não vemos razões para uma recomendação mais agressiva ao papel”, argumentam Vitor Sousa e Israel Rodrigues.

A Genial tem recomendação de manter para Taesa (TAEE11) com preço-alvo de R$ 35, uma queda de 1,10% na comparação com o fechamento de segunda-feira (19), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,39. Mesmo que menores, a corretora estima que para quem comprou o papel a um preço menor que o atual, vale a pena ficar no ativo para receber os dividendos.