A semana do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) começou com uma maratona de reuniões com 26 prefeitos da região metropolitana da Capital, do Alto Tietê e do entorno de Bragança Paulista para intensificar a discussão sobre a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
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Foram três encontros nesta segunda-feira (4). As agendas tomaram conta de quase todos os compromissos do governador no primeiro dia da semana. De acordo com uma nota divulgada pelo governo, os encontros tiveram como pauta “discussões sobre a ampliação da universalização do saneamento no Estado de São Paulo e os benefícios para a população a partir do processo de privatização da Sabesp (SBSP3)”.
A decisão de privatizar a Sabesp passará pelo crivo da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que pode aprovar ou arquivar o projeto de lei que Tarcísio deve apresentar, no mais tardar, até o começo do ano que vem. No entanto, as prefeituras têm papel decisivo na questão.
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A companhia tem contratos diretos com os entes municipais e muitos desses documentos têm cláusulas antiprivatização, que precisam ser derrubadas caso a proposta de privatização da Sabesp – uma das maiores bandeiras da campanha do governador na última eleição – seja aprovada. Como mostrou o Estadão, os municípios podem decidir não renovar esses contratos e a discussão pode ter impacto na campanha eleitoral de 2024.
Além disso, as cidades paulistas recebem repasses sobre os lucros da companhia. O manejo dessa verba é outra moeda de troca que pode ser usada por Tarcísio nas negociações em busca de apoio ao seu projeto desestatização.