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Taxas de Juros têm alta após redução de corte da Selic e racha no Copom

Além disso, o comunicado divulgado pelo BC foi considerado mais rígido, ao enfatizar os riscos fiscais

Taxas de Juros têm alta após redução de corte da Selic e racha no Copom
Juros (Foto: Adobe Stock)

As taxas de juros negociadas no mercado futuro apresentam uma alta significativa nesta quinta-feira, um dia após uma das reuniões mais comentadas do Comitê de Política Monetária (Copom).

Essa elevação é observada principalmente nos trechos intermediário e longo da curva, em resposta à decisão dos diretores do Banco Central (BC) de reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em comparação com os 0,50 pontos das reuniões anteriores, e diante de um placar dividido entre os membros do comitê.

Com um placar de 5 votos a favor e 4 contra o corte de 0,25 ponto percentual, os diretores mais antigos do Banco Central prevaleceram sobre aqueles que votaram por um corte maior – estes últimos indicados pelo atual governo.

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A minoria tende a se tornar maioria até o final do ano, quando terminam os mandatos de três diretores, incluindo o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

No mercado, a cautela prevalece devido ao receio de um Banco Central mais complacente com a inflação, o que aumentaria os riscos no médio e longo prazo.

Além disso, o comunicado divulgado pelo BC foi considerado mais rígido, ao enfatizar os riscos fiscais e internacionais.

“O mercado está mais cauteloso, refletindo a maior preocupação do Banco Central com a situação fiscal, além da divisão política, que gera um desconforto em relação à política monetária em 2025”, afirmou Helena Veronesi, economista-chefe da B. Side Investimentos.

A incerteza domina os negócios, agora sem a orientação futura (forward guidance), o que aumenta a atenção para os próximos indicadores econômicos no Brasil e nos Estados Unidos.

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Por volta das 11h54, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 apresentava uma taxa de 10,280%, contra 10,218% do ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2027 projetava 10,92%, em comparação com os 10,80% do ajuste anterior.

Já a taxa do DI para janeiro de 2029 estava em 11,47%, frente aos 11,29% do dia anterior.