O lucro líquido da Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, cresceu 8,9% no segundo trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, chegando a R$ 1,222 bilhão, de acordo com balanço publicado na segunda-feira (29).
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O aumento no lucro da companhia está relacionado, principalmente, à expansão do faturamento na sua linha de serviços de telefonia e internet móveis, bem como redução de despesas de caráter financeiro. Veja detalhes nesta matéria.
Análises do balanço da Telefônica
Citi
O Citi avaliou que a Telefônica manteve o ritmo alto de crescimento da receita no segundo trimestre do ano. As receitas médias por usuário (ARPU) continuaram avançando, o pós-pago ganhou participação no celular, houve expansão de FTTH (fibra para casa) e o Capex (em suma, significa investimento) se manteve sob controle.
Mas, na avaliação dos analistas Gabriel Gusan e Maria Guedes, algumas linhas de despesas pressionaram novamente as margens e podem tirar um pouco do brilho dos resultados. “Continuamos otimistas com a perspectiva para o setor, mas esperamos uma reação neutra aos resultados trimestrais”, escreveram.
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O Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) da Telefônica, de R$ 5,5 bilhões e alta anual de 7%, ficou 2% abaixo da estimativa do banco. O lucro líquido de R$ 1,2 bilhão (+8,9%) também ficou abaixo do esperado, em razão de uma taxa de imposto efetiva mais alta. O Capex de R$ 2,3 bilhões ficou acima do projetado.
A recomendação do Citi é de compra para a ação da Telefônica, com preço-alvo de R$ 58,00, o que significa um potencial de alta de 20,2% em relação ao fechamento de segunda-feira (29).
Bradesco BBI
A Telefônica confirmou todas as tendências positivas esperadas pelo Bradesco BBI para o segundo trimestre. O banco destaca que a receita e o Ebitda cresceram 7,4% e 7,3%, respectivamente, ante um ano, superando a inflação em mais de 3 pontos porcentuais e superando a estimativa do banco em cerca de 1%.
Em relatório, os analistas Daniel Federle e Camila Koga afirmam que um dos destaques positivos foi a receita de serviços móveis (MSR). O MSR expandiu 8,8% ante um ano e ficou 1% acima do estimado pelo BBI, reforçando a visão positiva do banco sobre os fundamentos do mercado móvel no Brasil.
“O Ebitda teria sido maior se não fosse pela contribuição negativa da linha de custo “Outras Receitas e Despesas””, observam. Os profissionais calculam que o “Ebitda ex-Outros” expandiu 10,6% ante um ano, superação em 3% o esperado pelo BBI na mesma métrica.
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Eles pontuam ainda que a linha “Outros” mostrou volatilidade, permanecendo em território negativo desde o primeiro trimestre. “No entanto, tem sido tipicamente um contribuidor positivo para o Ebitda nos últimos anos. A margem “ex-outros” do Ebitda expandiu 1,2 p.p. Ante um ano, ajudada por um aumento suave de 3,5% na linha de despesas comerciais e de infraestrutura”, explicam.
Safra
O Safra avalia que os resultados do segundo trimestre da Telefônica vieram em linha com o esperado, “com fortes tendências operacionais tanto em móvel quanto em fibra”, conforme descrevem os analistas Gabriel Pucci, Silvio Doria e Carolina Carneiro, em relatório.
O desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelos serviços pós-pagos e pela fibra, como resultado do crescimento tanto em volume quanto em preço, diz o relatório. “Mais uma vez, o segmento pós-pago continuou a ter um bom desempenho, impulsionado por adições líquidas de clientes, preços e baixa rotatividade”, escreveram os analistas.
Eles também destacam o aumento da receita média por usuário observado nos pré-pagos, que compensou a queda na base de clientes desse segmento.
O banco manteve recomendação neutra para as ações da Telefônica Brasil (VIVT3), com preço-alvo de R$ 57,50, o que representa um potencial de valorização de 19% com base no fechamento de segunda-feira (29).
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*Com informações do Broadcast