Um dia após a Argentina divulgar medidas para combater a volatilidade da taxa de câmbio, como pressionar órgãos do Estado a deixarem de lado seus títulos soberanos locais e estrangeiros em dólares, os preços da dívida soberana do país operaram em queda de aproximadamente 3,5% nesta quarta-feira (22).
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As autoridades argentinas afirmaram que, inicialmente, deve-se substituir cerca de US$ 4 bilhões em títulos públicos dólares por dívida em pesos para reduzir a dívida externa, conter a inflação do país – hoje com acúmulo anual superior a 100% – e absorver a moeda local no mercado.
Por volta do meio-dia de hoje, o índice de risco-soberano da Argentina subiu 0,98 ponto percentual, agora em 2.441. O índice é feito pelo JP Morgan e conta com o desempenho diário de 19 países emergentes, como a Argentina e o Brasil. O cálculo é realizado por meio de uma média ponderada dos títulos de dívida pública, comparada ao Tesouro Americano.
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Por sua vez, o peso argentino amargou perdas durante o dia. Às 16h34 (19h34 em Buenos Aires), a moeda operava em queda de 0,17% ante o dólar, negociado a US$ 0,0049. No twitter, Gabriel Rubinstein, secretário de política econômica da Argentina, afirmou que o Estado irá reduzir a di1vidar externa sem utilizar as reservas em dólares do Banco Central Argentino (BCA).
De acordo com dados divulgados no site do Banco Central do país, a inflação anual da Argentina está acumulada em 102,5%, enquanto a mensal de fevereiro está em 6,6%, e a reserva internacional em dólares é de US$ 37. 672 milhões.