As taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) firmaram um movimento de recuo no fim da sessão desta sexta-feira (12), refletindo a percepção de que a desinflação segue em curso nos Estados Unidos, o que manteve a consolidação da aposta em alívio nas taxas básicas de juros em setembro. Os dados mais pressionados de preços no atacado nos EUA, apresentados hoje, foram insuficientes para ofuscar o resultado benigno do índice de preços ao consumidor, divulgado ontem. Na sessão, a pesquisa preliminar da Universidade de Michigan acabou ajudando a selar o rumo de baixa dos rendimentos.
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Por volta das 17h00 (de Brasília), a taxa da T-note de 2 anos estava em 4,450%, de 4,509% ontem. A taxa da T-note de 10 anos recuava a 4,178%, de 4,200% ontem. No T-bond de 30 anos, a taxa projetada era de 4,391%, ante 4,401% ontem.
Os rendimentos dos papéis do Tesouro de longo prazo, contudo, chegaram a inverter o rumo para alta pela manha após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, que subiu 0,2% em junho ante maio, acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet. A pesquisa preliminar da Universidade de Michigan mostrou queda das expectativas de inflação em 1 ano e 5 anos nos EUA.
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O PPI veio bem melhor do que aparenta, embora tenha superado as expectativas, segundo a Capital Economics. Para a consultoria britânica, os componentes do PPI que influenciam o índice de preços dos gastos com consumo (PCE), medida de inflação favorita do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vieram bem abaixo do esperado em junho.
A Pantheon calcula que os dados do CPI e do PPI implicam que o núcleo do deflator do PCE terá alta de apenas 0,15% em junho, ajudando a desacelerar a taxa trimestral anualizada para 2,7% no segundo trimestre, de 3,7% no primeiro trimestre. “É seguro dizer que a leitura de junho será suficientemente baixa para ser bem recebida pelo Fed.”