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Treasuries fecham em alta em novas máximas desde novembro

Dirigente do Fed indica que a autoridade monetária terá que manter a taxa básica restritiva por mais tempo

Treasuries fecham em alta em novas máximas desde novembro
(Foto: Envato Elements)

Os juros dos Treasuries subiram e renovaram pico desde novembro nesta terça-feira (16), após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, indicar que a autoridade monetária terá que manter a taxa básica restritiva por mais tempo para controlar a inflação, na esteira de dados mais fortes no começo do ano.

No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos aumentava a 4,974%, depois de tocar 5% na máxima do dia. O da T-note de 10 anos avançava a 4,661% e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 4,764%. Powell comentou que as estatísticas mais recentes não ampliaram a confiança de que a inflação caminha para a meta de 2% de maneira sustentada, um requisito indispensável para começar o ciclo de relaxamento. “Neste momento, dada a força do mercado de trabalho e o progresso na inflação até agora, é apropriado permitir que a política restritiva tenha mais tempo para funcionar”, afirmou.

As declarações puxaram os principais vértices da curva de juros americana para cima, embora o movimento tenha arrefecido um pouco em seguida. Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA havia informado um tombo de 14,7% nas construções de moradias iniciadas entre fevereiro em março. Apesar disso, dirigentes do Fed mantêm a visão de que a economia dos EUA permanece resiliente e pode atrasar a guinada para uma política mais frouxa.

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Vice-presidente da instituição, Philip Jefferson comentou que será apropriado preservar os juros estáveis caso a inflação persista. Para tornar o quadro ainda mais incerto, o mundo segue em suspense em relação à resposta de Israel ao ataque do Irã do último sábado. O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu que bancos centrais permaneçam vigilantes sobre os eventos geopolíticos, que podem voltar a agravar as pressões inflacionárias.

O BMO Capital Markets prevê que todo esse cenário deve levar o retorno da T-note de 10 anos a 4,75%. “O mercado de juros dos EUA permanece no modo de descoberta de preços e a nosso viés de curto prazo para rendimentos mais elevados permanece intacta”, ressalta o banco.