Os juros dos Treasuries reduziram perdas após o Tesouro dos Estados Unidos estimar que tomará mais empréstimos no mercado no segundo trimestre, mas chegaram ao final da tarde de hoje ainda com sinal negativo ao longo da curva. Investidores se posicionam para uma semana que terá decisão do Federal Reserve (Fed) e divulgação do relatório de emprego (payroll) nos EUA.
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Às 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,976%, o da T-note de 10 anos baixava a 4,616% e o do T-bond de 30 anos recuava a 4,735%. O Departamento do Tesouro dos EUA estimou, nesta tarde, que tomará US$ 243 bilhões em empréstimos no mercado privado entre abril e junho, US$ 41 bilhões a mais do que havia sido anunciado em janeiro.
O anúncio chegou a atenuar a retração das taxas dos Treasuries, mas o movimento se provou temporário. Até porque o volume ainda esta abaixo do que muitos investidores temiam. A Oxford Economics, por exemplo, previa que o valor emprestado seria de US$ 260 bilhões no período. A avaliação abriu espaço para o prosseguimento do processo de consolidação dos rendimentos, após terem alcançado pico em cerca de cinco meses na última quinta-feira.
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Na quarta-feira (01), o Tesouro informará a dimensão dos leilões para os próximos meses, no mesmo dia em que o Fed divulgará juros. A expectativa é de que a autoridade monetária mantenha a taxa básica na faixa entre 5,25% e 5,50%, mas investidores estarão atentos a sinalizações sobre passos seguintes.
Analistas estão menos confiantes de que um relaxamento monetário é iminente. O Citi adiou para julho a previsão para o primeiro corte. O BMO Capital Markets, no entanto, acredita que o principal evento para a renda fixa virá na sexta-feira, com o payroll de abril. “Em grande parte porque o Departamento do Tesouro não vai alterar o tamanho dos leilões e Powell está preparado para reiterar o mantra de juro mais alto por mais tempo”, explica.