Os juros dos Treasuries voltaram a subir e alcançaram os maiores níveis desde novembro no trecho longo da curva, após dado resiliente de varejo reforçar apostas cautelosas para a política monetária americana. O movimento se sobrepôs a busca por ativos de segurança na primeira sessão após o ataque do Irã contra Israel.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos avançava a 4,922%, o da T-note de 10 anos aumentava a 4,619% e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 4,734%. As vendas no varejo dos EUA, divulgadas hoje, subiram mais que o esperado pelo mercado em março. Neste quadro, a curva futura agora precifica o primeiro corte de juros do Federal Reserve (Fed) para setembro, conforme indicou a plataforma de monitoramento do CME Group.
Para o BMO Capital Markets, o indicador confirma a tendência resiliente da maior economia do planeta, que justifica ao Fed adiar o começo do ciclo de relaxamento monetário para mais para o fim do ano. “Agora parece cada vez mais improvável que o Fed reduza as taxas durante o primeiro semestre”, ressalta.
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Essa avaliação ajudou a impulsionar as taxas da renda fixa dos EUA durante a sessão, em ajuste após o tombo da última sexta-feira, em meio aos riscos geopolíticos. No sábado, o Irã efetuou um ataque de drones e mísseis contra Israel, que prometeu responder. “A questão mais premente agora é se o conflito Israel/Irã se agravará ao ponto em que deixa de ser inflacionário para desencadear uma fuga em massa para a qualidade que apoia os títulos do Tesouro”, destaca o BMO.