Os rendimentos dos Treasuries operaram sem sinal único hoje, em uma sessão marcada pela divulgação do relatório de empregos (payroll) de junho nos Estados Unidos. A publicação mostrou uma criação de vagas um pouco abaixo do que analistas vinham esperando, e não consolidou as perspectivas de ontem de uma forte geração de postos de trabalho, o que havia sido sinalizado pelo ADP. Desta forma, a visão de um potencial aperto monetário mais forte pelo Federal Reserve (Fed) perdeu força, ainda que uma alta de juros de 25 pontos base na próxima reunião da autoridade seja vista quase como certa.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos cai a 4,943%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 4,054% e do do T-bond avançava a 4,041%.
Os rendimentos foram mistos na sexta-feira, mas a inclinação da curva continuou após o relatório de empregos, com os investidores reagindo ao crescimento ligeiramente mais lento do emprego, mas acima das expectativas de ganhos e a uma queda esperada na taxa de desemprego, avalia a Oxford Economics. A criação de 209 mil empregos, embora tenha vindo abaixo das expectativas do mercado, ainda é um valor muito alto para apontar para uma desaceleração consolidada na economia, diz o ING.
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Nesta semana, a Oxford Economics aponta que fundamentos técnicos pessimistas, posicionamento dos gestores de ativos e expectativas crescentes de aumento da taxa do Fed elevaram as taxas. Os últimos dias contaram com a curva de juros mais invertida desde 1981, indica. Para a Capital Economics, o movimento ocorre depois que uma série de dados robustos dos EUA e um conjunto de atas duras da última reunião do Fed desta semana reforçaram a narrativa predominante de juros “mais altos por mais tempo”.
Na próxima semana, a agenda de palestras do Fed também já está bastante pesada, após os comentários limitados nos últimos dias, encurtados pelo feriado da independência americana, aponta a Oxford Economics.