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Treasuries: juros ficam sem sinal único, com declarações do Fed em foco

Dia foi de menor cautela com o setor bancário

Treasuries: juros ficam sem sinal único, com declarações do Fed em foco
Foto: Envato Elements

Os retornos dos Treasuries subiram em boa parte do dia de hoje, mas terminaram sem sinal único, em quadro de menor cautela com o setor bancário, embora analistas em geral não descartem mais turbulências adiante. Além disso, houve um aumento na chance de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleve os juros na próxima reunião, no início de maio, segundo o monitoramento do CME Group, ainda que a manutenção continue a ser apontada como mais provável, e analistas avaliaram declarações de dirigentes do Fed, bem como o resultado de um leilão.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos tinha alta a 4,043%, o da T-note de 10 anos subia a 3,546% e o do T-bond de 30 anos avançava a 3,762%, este bem perto da estabilidade.

Os retornos já apresentavam alta no início do dia, estendendo os ganhos da sessão anterior. O fato de que o First Citizens Bank comprou partes do Silicon Valley Bank (SVB) arrefecia preocupações com o setor nesta semana. Hoje, o BMO Capital via “crescente otimismo sobre o sistema bancário”. Na agenda de indicadores, o índice de confiança ao consumidor nos EUA medido pelo Conference Board avançou em março, ao contrário do previsto, o que para a Oxford Economics foi uma mostra de que a força do mercado de trabalho se sobrepõe a temores com os bancos no quadro atual. Mas a consultoria também projetava que os consumidores devem sentir nos próximos meses o impacto do estresse no sistema bancário, com piora nas condições de crédito, o que pesará na economia e no sentimento.

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Já a Capital Economics avaliava, em relatório a clientes, que bancos regionais dos EUA tinham exposição significativa ao mercado de propriedades comerciais, que enfrentava dificuldades no quadro atual. Para a consultoria, há o risco de uma crise de crédito nesse contexto, embora ela também note que os spreads dos bônus estão em níveis bem abaixo da crise financeira de 2008. A Dow Jones Newswires publicou reportagem segundo a qual um número crescente de investidores aposta na recuperação do setor bancário, considerando que os bancos regionais estão em condições muito melhores do que muitos inicialmente temiam.

Entre dirigentes do Fed, James Bullard (St. Louis) avaliou que a manutenção de uma política macroprudencial correta pode conter o estresse financeiro. Já o vice-presidente de Supervisão do BC americano, Michael Barr, avaliou que o Silicon Valley Bank (SVB) falhou em medir os riscos advindos das altas de juros. Ele acrescentou que o Fed trabalha com o governo americano para melhorar as regras sobre capital e liquidez.

No monitoramento do CME Group, no fim da tarde caía a 59,4% a chance de manutenção de juros pelo Fed em 3 de maio (de 59,8% ontem), com alta a 40,6% da possibilidade de alta de 25 pontos-base (de 40,2% ontem). Nesta terça-feira, chegou a haver uma inversão entre os dois desfechos, com leve vantagem para a elevação nos juros, mas o quadro depois voltou a se inverter.

Ainda na agenda do dia, o Tesouro americano informou que um leilão de US$ 43 bilhões em T-notes de 5 anos, com retorno de 3,665%, abaixo da média recente, de 4,001%, segundo o BMO Capital.

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