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Treasuries: juros ficam sem sinal único, com tom mais agressivo do Fed

Investidores também digeriram dados de crescimento e do mercado de trabalho dos Estados Unidos

Treasuries: juros ficam sem sinal único, com tom mais agressivo do Fed
Foto: Envato Elements

Os retornos dos Treasuries não tiveram sinal único hoje, em uma sessão marcada pela volta de uma rodada de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) de que mais altas nas taxas de juros devem ser necessárias. Além disso, investidores digeriram dados de crescimento e do mercado de trabalho dos Estados Unidos, enquanto havia maior otimismo com o setor bancário.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,121%, o da T-note de 10 anos recuava a 3,550% e o do T-bond de 30 anos caía a 3,744%.

Presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, disse hoje que, caso a inflação persista, o banco central americano poderá reagir aumentando as taxas de juros ainda mais. Já a líder da distrital de Boston, Susan Collins, destacou que prevê mais uma alta de juros pelo BC americano, seguida de uma pausa no aperto monetário até o fim do ano. Collins ressaltou que, para desacelerar a inflação, o Fed provavelmente não deverá cortar juros até o fim de 2023. De Minneapolis, Neel Kashkari insistiu hoje na importância de conter a demanda, a fim de que a inflação não fique fora de controle nos Estados Unidos.

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Monitoramento do CME Group mostrava que as chances de o Fed manter seus juros básicos no atual nível de 4,75% a 5,00%, na reunião de maio, diminuíram para 49,5%. Ontem, ela era de 59,4%. Já a probabilidade de uma nova elevação de 25 pontos-base pelo Fed no começo do que vem aumentou na mesma comparação, de 40,6% para 50,5%.

Além disso, investidores acompanharam uma rodada de dados dos EUA. O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu ao ritmo anualizado de 2,6% no quarto trimestre de 2022 – abaixo da estimativa anterior e da projeção de analistas de alta de 2,7% em ambos os casos. Já os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram 7 mil na semana passada, a 198 mil.

Com relação ao PIB, a Oxford Economics acredita que o crescimento “sólido” dele em 2022 dará lugar a uma recessão, prevista para acontecer no segundo semestre de 2023. “A recente turbulência no setor bancário afetará a economia principalmente por meio de padrões de empréstimos mais rígidos e uma redução na disponibilidade de crédito”, indica a consultoria britânica. O Wells Fargo tem opinião semelhante: a erosão no poder de compra do consumidor dos Estados Unidos, disposta hoje nos resultados do PIB do país, reforça a previsão de que o país passará por uma recessão “modesta” ainda em 2023. Já sobre os pedidos de auxílio – desemprego, o Citi comenta que eles aumentaram apenas modestamente e permanecem abaixo dos níveis pré-pandêmicos, mostrando um forte mercado de trabalho.

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