O retorno dos Treasuries operaram em alta durante boa parte da sessão desta sexta-feira, depois que o relatório de empregos dos EUA (payroll) bem mais forte que o esperado reduziu as apostas de cortes de juros do Federal Reserve (Fed) ainda este ano.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,319%, o da T-note de 10 anos aumentava a 3,538% e do do T-bond de 30 anos avançava a 3,630%.
Na visão do economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks, o resultado payroll dos EUA, que indicou um aumento expressivo na criação de vagas, apesar de uma desaceleração dos salários, afasta o medo de uma recessão nos Estados Unidos.
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Em análise publicada em sua conta de Twitter, o economista indicou que a inversão da curva de rendimentos, que vem sendo “enorme” há alguns meses, não sinaliza uma possível contração no país. “A curva de rendimento está muito errada, especialmente nos últimos anos. A última vez que tivemos inversão foi em 2019 e também não tivemos uma recessão nos EUA”, escreveu.
O dado de emprego também ampliou expectativas de que o Fed mantenha os juros no pico por um período prolongado, o que impulsionou os retornos dos títulos públicos americanos. À tarde, os rendimentos aceleraram depois que duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços dos EUA apresentaram avanço em janeiro, também contrariando os temores de recessão.
O movimento reverteu parte da queda que os juros dos Treasuries tiveram na sequência da decisão do Fed de reduzir o ritmo de aperto e subir juros em 25 pontos-base, na última quarta-feira.