Os rendimentos dos Treasuries recuaram nesta quarta-feira, após a desaceleração da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos reforçar expectativas de que o Federal Reserve (Fed) não só encerre o ciclo de aperto, mas corte juros já este ano.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 3,903%, o da T-note de 10 anos baixava a 3,436% e o do T-bond de 30 anos diminuía a 3,797%.
Em abril, o CPI subiu à taxa anual de 4,9% nos EUA, ligeiramente abaixo do avanço de 5,0% no mês anterior. O núcleo do indicador, que desconsidera os voláteis componentes de alimentos e energia, ficou estável com ganho anual de 5,5%.
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Após a divulgação do indicador, as já majoritárias chances de que o Fed relaxe a política monetária até setembro avançaram de forma expressiva, conforme indicou monitoramento do CME Group.
Para o BMO Capital Markets, a “melhora” no CPI foi suficiente para justificar uma guinada para manutenção da taxa básica em junho. “Especialmente depois de considerar as tensões bancárias regionais que ficaram em segundo plano por enquanto, o incentivo relativo para o Fed continuar aumentando as taxas está mudando cada vez mais em favor da paciência para avaliar o impacto defasado da política monetária”, explica.
O dado mitigou a pressão ascendente que o impasse do teto da dívida vinha exercendo nos rendimentos dos títulos públicos. O Credit Default Swap (CDS) dos EUA de um ano, uma espécie de segura contra calote, avança no contexto das incertezas e já supera o de várias economias emergentes, entre elas o Brasil. Se o teto não for elevado antes de junho, os EUA correm o risco de entrar em default.
À tarde, um leilão de US$ 35 bilhões do Departamento do Tesouro em T-notes de 10 anos teve demanda abaixo da média.
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