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Juros americanos ampliam ganhos de olho na política monetária e eleições

A divulgação do índice de preços produtor (PPI, na sigla em inglês) direcionou a queda dos juros curtos na sessão

Juros americanos ampliam ganhos de olho na política monetária e eleições
Juros (Foto: Adobe Stock)

Os juros longos dos Treasuries voltavam a subir nesta sexta-feira (11), diante do movimento de reprecificação em relação ao patamar final da taxa básica nos Estados Unidos, uma vez que os operadores enxergam espaço reduzido para o Federal Reserve (Fed) cortar juros abaixo de 3%. Os vencimentos mais curtos cediam após leitura comportada do PPI americano de setembro.

No fim da tarde, o retorno da T-note de 2 anos recuava a 3,941%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 4,082% e o do T-bond de 30 anos subia a 4,394%.

A divulgação do índice de preços produtor (PPI, na sigla em inglês) direcionou a queda dos juros curtos na sessão, conforme agentes solidificam aposta de corte de 0,25 ponto porcentual pelo Fed em novembro – a plataforma do CME apontava 89,9% de chances do movimento ocorrer, contra os 83,3% de ontem. No entanto, os juros longos intensificaram a trajetória de alta na sessão.

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Michael Schumacher, chefe de estratégia macro na Wells Fargo Securities, diz que a T-note de 10 anos está seguindo o exemplo do mercado futuro, que agora precifica uma taxa terminal para os juros básicos nos EUA de quase 3,4%, bem acima dos 2,9% de antes do payroll de setembro. Já George Goncalves, chefe de estratégia macro dos EUA do MUFG, afirma que as taxas avançaram à medida que as chances de uma vitória do ex-presidente Donald Trump e dos republicanos no Congresso aumentaram nos mercados de apostas.

Um relatório recente do Comitê Bipartidário para um Orçamento Federal Responsável observa que os planos de Trump aumentariam o déficit orçamentário em cerca de US$ 7,5 trilhões, contra US$ 3,5 trilhões em relação às promessas de Kamala Harris. Durante o dia, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, disse que o BC americano segue concentrado em trazer a inflação de volta à meta de 2% ao ano. E a presidente da filial de Dallas, Lorie Logan, manteve sua opinião de que as taxas de juros devem recuar de forma lenta para atingir um nível mais normal.

*Com informações da Dow Jones Newswires