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Treasuries recuam, com apostas de investidores sobre juros do Fed em foco

Ao longo da semana, as decisões de alguns dos principais bancos centrais também estiveram no radar

Treasuries recuam, com apostas de investidores sobre juros do Fed em foco
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuaram nesta sexta-feira (22), com investidores mais confortáveis com a expectativa de que Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) entregue três cortes de juros este ano, no fim de uma semana marcada por decisões de alguns dos principais bancos centrais do planeta.

No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,598%, o da T-note de 10 anos diminuía a 4,212% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,388%.

A curva futura aumentou as apostas de que o Fed inaugure o ciclo de relaxamento monetário em junho, conforme indica plataforma de monitoramento do CME Group. Para o fim do ano, o cenário mais provável segue o de uma redução acumulada de 75 pontos-base, um total de três cortes se considerado um ritmo de 25 pontos-base por ajuste.

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A precificação é consistente com as projeções do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) no gráfico de pontos que acompanhou o comunicado da decisão da última quarta-feira (20). O Fed manteve juros na faixa entre 5,25% e 5,50%, conforme esperado, mas o presidente do BC americano, Jerome Powell, minimizou o repique da inflação em janeiro e fevereiro.

Mensagem semelhante veio do Reino Unido, onde o Banco da Inglaterra (BoE) também preservou a taxa básica em 5,25%, mas disse que o quadro inflacionário está evoluindo “na direção correta”. Na Suíça, o BC abriu a frente de afrouxamento entre economias desenvolvidas. Já na Ásia, o Banco do Japão (BoJ) acabou com a era de juros negativos, embora tenha apresentado uma linguagem cautelosa em relação aos próximos passos.

“Dado que os principais bancos centrais (exceto o BoJ, claro) lançaram as bases para cortes nas taxas durante o segundo trimestre, é intuitivo que os ativos de risco continuem a ter um bom desempenho no ambiente atual”, afirma o BMO Capital Markets.