Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) caíram nesta quarta-feira (12) após o índice de preços ao consumidor (CPI) apontar inflação comportada em maio nos Estados Unidos. As perdas, no entanto, desaceleraram após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) manter juros e reforçar que só cortará a taxa básica quando houver maior confiança no quadro inflacionário.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,768%, o da T-note de 10 anos baixava a 4,329% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,486%.
A sessão de hoje pode ser dividida em dois grandes eventos. Pela manhã, os EUA informaram que o CPI ficou estável em maio ante abril. Na comparação anual, o indicador desacelerou a 3,3% no mês passado. “No geral, foi uma leitura universalmente mais suave da inflação do que o mercado esperava”, classificou o BMO Capital Markets.
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O dado consolidou a aposta de que o Fed abrirá o ciclo de relaxamento em setembro, conforme mostrou a plataforma do CME Group que acompanha a curva futura. Com isso, os rendimentos da renda fixa aceleraram baixa e o vértice de 10 anos tocou nos níveis mínimos desde o começo de abril.
Mais tarde, a reação imediata à decisão do Fed foi tímida. Afinal, a instituição seguiu o roteiro esperado por investidores, ao manter juros inalterados, ainda que a mediana de previsões de dirigentes sugira apenas um corte na taxa básica este ano – em março, a expectativa era por três reduções.
Em seguida, contudo, os yields diminuiriam o ritmo de queda em meio à coletiva de Powell. O banqueiro central repetiu, várias vezes, que o BC americano só reduzirá juros quando tiver confiança de que a inflação caminha sustentadamente em direção à meta de 2%. Powell disse que o CPI de hoje foi “encorajador”, mas que precisa ver mais dados nesse sentido antes de afrouxar a política.