Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuaram nesta terça-feira (19), com a taxa do título de dois anos interrompendo uma sequência de seis altas consecutivas à medida que os investidores concluem os preparativos para a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que termina nesta quarta-feira (20).
Leia também
Os retornos dos papéis da dívida de longo prazo aprofundaram perdas após o Tesouro americano publicar resultados de leilão de títulos com vencimento em 20 anos, que teve demanda robusta, segundo analistas. Os retornos dos bônus do governo japonês (JGBs) cederam após o Banco do Japão (BoJ) sinalizar que não pretende embarcar em um ciclo de aperto monetário, após ter elevado juros pela primeira vez em 17 anos.
No fim da tarde desta terça-feira, perto do horário de fechamento da Bolsa de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos recuava a 4,692%, ante 4,734% de segunda-feira; o da T-note de 10 anos cedia a 4,299%, ante 4,332%, e o do T-bond de 30 anos marcava 4,451%, na comparação com 4,458% no fim da tarde de segunda-feira. O Fed deve optar por manter juros nesta reunião, mas os mercados vão focar nas previsões no gráfico de pontos em busca de pistas sobre o ritmo de cortes na taxa básica este ano.
As apostas para os juros dos EUA
No fim da tarde desta terça-feira, ferramenta do CME Group apontava 99% de chance de o Fed manter juros nesta quarta-feira, contra 1% de probabilidade de redução. O corte de juros aparece como cenário mais provável apenas na reunião de junho, com 55,3% de probabilidade. O mercado vê maior probabilidade de que os juros baixem em 75 pontos-base no acumulado de 2024, de acordo com o monitoramento do CME Group.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O dia foi marcado ainda pela queda dos retornos dos bônus do governo japonês (JGBs) após decisão do Banco do Japão (BoJ) de elevar juros pela primeira vez em 17 anos. O fim das taxas negativas japonesas gerou reações brandas. Na visão de analistas, parte da explicação é que os mercados globais já estavam, previamente, precificados para esse desfecho. Outro fator foi que o BoJ deixou claro que não se trata de um ciclo de aperto monetário e que as condições acomodatícias seguem. Também permanece a política de compras de títulos do Tesouro japonês. A taxa do título de 10 anos do Japão cedia a 0,734%, no fim da tarde desta terça-feira.