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UBS BB eleva projeção de Selic terminal de 11,5% para 12%

O banco manteve a projeção de aumento de 1,5 ponto em fevereiro e aumentou a estimativa de aperto em março

UBS BB eleva projeção de Selic terminal de 11,5% para 12%
A passagem entre os dois prédios da sede do UBS em Zurique (Foto: Stefan Wermuth/Bloomberg)

O UBS BB elevou sua projeção de taxa Selic no fim do ciclo, de 11,5% para 12,0%, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que aumentou os juros em 1,5 ponto porcentual, a 9,25%, ontem. O banco manteve a projeção de um novo aumento de 1,5 ponto em fevereiro e aumentou a estimativa de aperto em março, de 0,75 ponto para 1,25 ponto.

Para o banco, o Copom mostrou estar disposto não só a atingir uma Selic terminal maior, mas também a não cortar juros até que a convergência da inflação à meta aconteça. O destaque é o parágrafo no qual o colegiado afirma que vai manter a sua estratégia “até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.”

“A mensagem mais importante é que o BC não está disposto a cortar juros antes da convergência”, escrevem os economistas do UBS BB Alexandre de Azara e Fabio Ramos. Para os analistas, o trecho significa que os objetivos do Copom são garantir a convergência da inflação para o intervalo da meta e manter as expectativas para 2023 próximas do centro do alvo, de 3,25%.

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Entre os riscos no cenário, o UBS BB afirma que a Selic terminal pode ficar abaixo do esperado se as expectativas para 2023 convergirem para 3,25% antes da reunião de março. Caso a desancoragem continue, no entanto, o ciclo pode continuar depois do primeiro trimestre de 2022.

“A persistência esperada da taxa terminal vai depender, em última análise, do comportamento da inflação. Se uma convergência de volta ao intervalo da meta ocorrer antes das expectativas do Focus (primeiro trimestre de 2023), o BC pode cortar a Selic mais cedo. Mas, como a diferença em relação à meta é grande demais antes disso, isso parece menos provável”, afirmam os economistas.